Luke
- Mãe não tem problema, eu consigo cuidar do meu filho sozinho – digo já sem paciência.
- E quem vai cuidar dele quando estiver trabalhando? – pergunta minha mãe me barrando na porta.
- Uma babá ora, desiste, você não vai me convencer, eu estou decidido a ir mãe.
- Mas e se eu ficar com saudade? – diz ela fazendo beicinho e abraçando fortemente meu jacob.
- Você vai até lá, não é nem duas horas de viajem – digo por fim, termino de colocar as malas no carro e me despeço dela, uma vida nova me espera.
Fui designado para trabalhar na minha cidade natal, meu sonho sempre foi ser policial mas um imprevisto atrasou isso, meu pequeno jacob, hoje ele tem quatro aninhos, conheci sua mãe na academia de policia, não chegamos a namorar, mas essa benção de deus veio para minha vida, infelizmente ela não resistiu ao parto, sua gravidez foi de risco pela idade dela, era uma pessoa maravilhosa, enquanto eu dirigia eu pensava em como estavam todos lá, mas principalmente jordan, eu prometi que voltaria mas não voltei, eu não me lembro direito das coisas de dez anos atrás, mas dele eu me lembro.
- Papa, xixi – resmunga jacob na cadeirinha, avisto um posto e paro lá, ele não usava fralda a dois anos, e devo agradecer a minha mãe por isso, sem ela eu não sei oque faria, como já era três horas da tarde eu também dei um lanche pra ele, jacob era uma copia perfeita de mim e de laura, seus cabelos são ruivos mas também são cacheados, sua pele pálida contem sardas, é a coisa mais fofa do mundo.
Mantendo o carro em uma velocidade baixa, nós chegamos a cidade as cinco horas, passamos em frente a praia e isso chamou a atenção dele.
- Papa, vamo vamo, Papa, quelo!! – dizia ele apertando as mãozinhas em direção a praia, ele nunca tinha visto o mar, então paro o carro e o deixo apenas de cueca, aproveitar o ultimo raio de sol já que ele estava se pondo, coloco ele na areia e ele sai correndo na frente, ao chegar na borda ele volta correndo com medo da agua e se joga nos meus braços, então entro devagarzinho com ele e apenas molho um pouquinho seu corpo, a toalha estava muito no fundo da mala então sentamos na areia para nos secar e um tempo depois já estávamos a caminho do nosso novo lar.
- Oi você deve ser o luke né? – diz uma garota apertando minha mão.
- Sim, e você?
- Brianna, meus pais tiveram um compromisso então eu fiquei pra te mostrar a casa e te dar as chaves – diz ela e logo entra, começa a mostrar as coisas, a casa tinha um banheiro social, duas suítes, uma sala, cozinha, dispensa, e um quintal – e mais uma coisa, quem virá buscar os alugueis será eu, todo dia dez – diz por fim e vai embora, ela parecia bem elétrica e ativa.
Busco nossas malas no carro enquanto jacob explorava a casa no andar de baixo, a rua parecia tranquila, tinha varias crianças brincando, adolescentes sentados no portão de casa, já me sentia em casa, como eu amava essa cidade.
- Oque acha de tomar um banho? – digo e pego ele no colo, ele coçava os olhos com a mão em claro sinal de cansaço, encho a banheira e nesse intervalo de tempo ele já estava dormindo, o pego no colo com toda calma possível para não acordar e lhe dou um banho com ele dormindo.
Deito ele do outro lado da minha cama e coloco travesseiros em sua volta, ele costuma rolar enquanto está dormindo, desço as escadas e vou pra varanda, já estava escuro, o céu brilhava, der repente eu escuto um som de coisa quebrando, havia um homem sentado na varanda sorrindo enquanto fumava, podia ouvir uma mulher gritando furiosamente, então eu vejo um rapaz saindo de casa e nesse momento o homem segura o braço dele.
- Nunca mais toque em mim – diz o rapaz arrancando o seu braço da mão dele com ódio puro estampado em seu rosto.
- Qual é anjo, eu sei que você gosta – diz o homem sorrindo sadicamente.
- Eu prefiro morrer – diz o rapaz e cospe na cara dele, então ele sai disparado e passa em frente a minha varanda, ele olha pra mim durante um tempo mas logo desvia saindo correndo pra não sei onde.
É, pelo jeito a rua não é tão tranquila.