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2814 Palavras
Cataleya Winchester Mcall – Eu vou matar o desgraçado que fez isso com a minha menina. – Calma pai, nós não sabemos o que aconteceu. Desperto com a voz alterada do meu pai e meu irmão a discutir acerca de alguma coisa. Abro os olhos, piscando várias até que me acostume com a claridade. Tento virar o pescoço, porém gemo de dor. – Ela acordou… – Oiço a voz da Katrina aliviada pelo que me vê despertar. – Oh… meu amor, como te sentes? – Pergunta a mamãe acariciando meu cabelo. – Um pouco dolorida. – Encaro os seus olhos verdes. – Oque aconteceu? – David e Katrina encontraram-se no banheiro da casa onde decorria a festa, e toda machucada. – Diz calmamente me deixando digerir tudo. – A bruxa… – Sussurro me recordando do que ela me fez. Olhos azuis-cobalto. O meu Primeiro beijo. – Que bruxa? – Indaga meu papai a aproximar. Era nítida a sua face de preocupação e cansaço. Tinha grandes olheiras sob os seus olhos. Olhando bem todos tinham olheiras. – Por quanto tempo estive desacordada? – Quatro dias, por causa da mordida. – Explica a mamãe e arregalo os olhos, levo a minha mão até ao pescoço e sinto um curativo. – Comece a explicar o que aconteceu Cataleya – diz-me bem sério o papai. Eu nunca o tinha visto tão sério o quanto hoje ele me parecia. Engulo à seco a questão e encaro meus irmãos que mesmo cansados estão ali me apoiando. – Eu fui até a casa de banho porque estava apertada, no caminho de lá encontrei amigos do David e pedi que o chamassem e me esperassem ali que não ia demorar. Quando eu estava a lavar as mãos eu vi o reflexo da bruxa no espelho ao meu lado, mas não tinha ninguém ao meu lado, foi quando ela lançou-me contra a parede e quando estava quase a chupar o meu sangue, fiz uma pausa a encarando. – Como assim quase? Não foi ela que te mordeu? – Pergunta papai confuso, mas abano a cabeça em sinal de negação, e sentindo minhas bochechas vermelhas. – Pela lua Cat, foi um homem – grita Katrina espantada, fazendo todos olharem para mim. Baixo a cabeça completamente envergonhada. – Quando eu disse para desencalhares, eu não estava a falar a sério mana – diz David a olhar-me um pouco espantado. – Como você pôde Cataleya? Eu não esperava isso de ti. – Pronunciou-se papai decepcionado. Lágrimas queimavam meus olhos querendo sair. Eu nunca pensei em decepcionar papai. Eu nunca quis decepcionar minha família. – Calem-se! – Diz mamãe, como sempre todos a escutam. Acrescenta a mamãe suavemente, ainda a acaricir os meus cabelos o seguinte: – Acalme-se querida e continue a contar. – Ela estava para me morder quando ele chegou e me salvou. Ameaçou a bruxa e deu-a um aviso e foi embora. Então ele começou a me fazer perguntas sobre a minha segunda forma e disse que nos tínhamos de ligar de alguma forma para ele poder saber como me localizar. Então ele me mordeu e…e...e… – Não consigo acabar de narrar, minhas bochechas devem estar a ferver agora. Olho para minha mãe e ela faz um sinal para que continue a contar e assim o fiz: – E ele beijou-me e mandou-me dormir. Depois disso não lembro de mais nada. – Diga tudo exactamente como aconteceu depois que esse homem chegou, cada fala Cataleya – é o papai a falar agora, sentado do meu outro lado. Papai pareceu estar mais calmo, quando ouviu que ele me salvou. Olhou para os meus irmãos e eles assentiram. – A bruxa estava a apertar o meu pescoço e disse “eu sou o seu pior pesadelo”, então uma voz grossa muito forte soou atrás dela a dizer “e eu serei o seu, v***a bruxa”. Assim que a bruxa ouviu a sua voz ela ficou com muito medo então ela perguntou quem era ele, ainda apertando o meu pescoço e ele respondeu “você sabe muito bem quem sou eu, agora larga a garota antes que te faça virar pó”, então ela respondeu “então é verdade, voltaste para levar a sua prometida” disse ela, pelo que ele respondeu “Por isso não irei te matar, leve o recado a todos. Estou de volta quem chegar perto dela terá que enfrentar o Cavaleiro n***o e diga a eles que piorei com os anos” e depois dele ter dito isso a bruxa desapareceu. Calo depois de ter narrado a primeira parte, os meus pais se entreolham como se soubessem de algo e não quisessem compartilhar comigo. – Deves estar exausta querida, descansa. Depois acabas de contar – diz papai muito calmo, que me beija a testa e chama a minha mãe que se despede de nós e sai com ele me deixando com os meus irmãos. – Que tudo Cat! Me conta, ele é gato? – Pergunta sentando de frente para mim. – Onde está Selena? – Pergunto tentando mudar de assunto. – O tio Ray a chamou e nos deu uma bronca como todos deram por termos te deixado sozinha – diz David levantado e a aproximar-se, acariciando meu rosto. – Eu fiquei tão preocupado mana, quando te encontramos desacordada naquela casa de banho. Não sei o que seria de mim se te tirassem de mim. A Katrina e a Selena não paravam de dizer que foi culpa minha e eu não tiro a razão delas porque, ao contrário de estar contigo eu estava com as minhas vadias me divertindo e você sofrendo naquela casa de banho. Eu juro pequena que me irei culpar todos os dias por isso. Lágrimas caem pelo meu rosto assim como águas rolam em cascatas, e antes que eu fale algo David beija minha testa e sai do meu quarto. Limpo as lágrimas com as minhas mãos e encaro Katrina que está de cabeça baixa. – O que disseram a ele Katrina? – Pergunto com a voz embargada e enfurecida. – Eu pedi desculpas, foi no momento da raiva eu juro, eu não queria dizer tudo que disse – diz ainda de cabeça baixa sem responder o que a perguntei. – O que foi que disseste Katrina? – Eu disse que ele foi irresponsável, que se preocupou mais com as suas vadias do que com as próprias irmãs. – Sua voz saia baixa, entretanto o suficiente para que eu a oiça. – Eu não esperava isso de ti Katrina, por favor sai do meu quarto. – Digo baixo e Katrina levantou a sua cabeça e abriu a boca. – queres acrescentar alguma coisa? – Eu não quero te contrariar, mas por que não usas a sua segunda forma? Se a usasses não teríamos esses problemas. – Você sabe muito bem o que acontece quando a uso, eu sou a morte Katrina e tu sabes muito bem disso. – Digo a olhando e ela levanta-se e sai do meu quarto sem me responder. Fecho os olhos cansada eu não queria que isso acontecesse. O David nunca foi irresponsável, sempre cuidou de nós mesmo distante. Ele é muito c***l com o David e eu sei que o que aconteceu comigo ele ir-se-ia culpar pelo resto da vida, do mesmo jeito que ainda se culpa da minha cicatriz no joelho. Papai deixou ele me controlar enquanto eu tentava andar de bicicleta e por distração minha acabei caindo e ele ainda se culpa por não ter conseguido me segurar. David é muito injusto com ele e eu sei que ele está a sofrer e isso dói-me porque eu não posso fazer nada. Levanto da cama e vou para o banheiro, preciso urgentemente de um banho. Encaro o meu closet cheio de vestidos, eu acho que tenho mais vestidos que todas as meninas da alcateia. Embora tenha tantos vestidos, tenho mais calças, calções. Levo umas calças de moletom e uma camisa do David e visto por cima da minha langerie vinho e visto umas meias e já estou pronta. Saio do meu quarto e passo do quarto do David, paro e bato na porta. – Pode entrar pequena – grita e abro a porta entrando. Assim que entro, vejo David deitado na sua cama com o braço cobrindo o seu rosto. Ando até a cama e me deito ao seu lado. – Tens que parar de roubar minhas camisas, elas estão acabando – diz em uma advertência que me pões a rir. – O que posso fazer se sou apaixonada pelo seu cheiro – digo isso batendo meu ombro com o dele. E em um movimento rápido David fica por cima de mim e me observa rindo. – E eu sou apaixonado pelo riso da minha pequena. – Declara-se ele e começa com as cócegas a fazer-me rir alto. – Po...por favor...pára... Na…vou...aguentar. – Digo me contorcendo nos seus dedos. – Quer que eu pare pequena? Então prometa que vai parar de roubar minhas camisas. – eu abano a cabeça em sinal de negação, sem parar de rir. Depois de um tempo David pára me fazendo voltar a respirar e desato os seguintes dizeres: – Isso foi injusto, eu sou muito sensível. – Eu estou bem – diz depois de um tempo calado. – Eu também estou bem. – Digo-lhe me virando de lado e o encarando. – Eu juro que não te deixarei sozinha de novo, nem para ir a casa de banho. – Diz-mês estas palavras tentando ficar sério. – Nem a casa de banho!? – Principalmente lá. – aí trocamos olhares e começamos a rir. – Eu estou faminta – dogo-lhe a acariciar a minha barriga. – Vamos descer, foram quatro dias sem comer. Daqui a nada viras uma canibal. Diz isso levantando e parando de costas para a cama. Eu fico de pé na cama e salto para as suas costas enrolando as minhas pernas ao redor da sua cintura e os meus braços circulam o seu pescoço. – És tão grande David que, às vezes, penso que és o mais velho. – Eu sou grande, só ainda não aceitaste isso – diz ele metido à gabarola e fazendo-me rir. Chegamos à cozinha rindo de algo bobo e encontramos nossos pais com uma cara nada boa. David se aercebendo do clima me tirou das suas costas e olhamos para os nossos progenitores preocupados. E David perguntou a eles se aproximando: – Aconteceu algo? – Sim! O vosso pai é um cabeça-dura e não quer enxergar a realidade… – Fala mamãe furiosa encarando papai. – Eu já decidi ela vai e ponto. Eu não vou deixar que ela assuma algo maior que ela – diz papai encarando mamãe também furioso. – É o destino dela e nós não podemos interferir e seja lá onde ela estiver, ele a achará e você sabe disso Alexandre. – Mamãe sai da cozinha furiosa e papai a segue nos deixando parvos. Por que sinto que eles estão discutindo pela primeira vez por minha causa? Sussurro baixo com lágrimas nos olhos: – Só um burro para não entender de quem eles falam. Eu não quero causar brigas entre meus pais, parece que estou a destruir a minha família. Sinto que estou a destruir algo dentro de mim. – Não precisa chorar Cat, não é sua culpa, eles ir-se-ão entender logo. Falarei com eles…– Coloca os braços nos meus ombros me confortando. – Obrigada David. Eu só preciso ficar sozinha. Subo as escadas rápido em busca da minha salvação, a única coisa que me faz esquecer de tudo ao meu redor, o meu escape. Entro no meu quarto trancando a porta, passo pela minha escrevaninha e levo o meu bloco de desenho e lápis. Sento-me no sofá da minha sacada encarando a floresta. Começo a rabiscar algo no meu bloco enquanto encaro a floresta. Penso em tudo que aconteceu desde que implorei para ir a festa, agora compreendo os meus pais, a obsessão deles pela minha segurança. Eles querem me proteger dele. O mais engraçado é que sinto que ele é o perigo, mas o perigo dele está atrair-me de um jeito irresistível, me fazendo querê-lo por perto. Os seus olhos tão fascinantes que pareciam tão conhecidos. Eu ainda não entendo o porquê de não o quererem perto de mim e nem a minha conexão com ele. O que tenho certeza é que ele é o perigo e vou fazer o possível para ficar longe dele. Olho para o desenho e vejo a bruxa refletida no meu bloco de desenho. A desenhei tão bem que até me assustou. Passo a mão pelo curativo em meu pescoço, levanto-me do sofá e curvo-me sobre ele para levar o meu bloco. Assim que estou em pé sinto alguém atrás de mim. Meu coração dispara em batimentos mais rápidos e o medo percorre-me o meu corpo da cabeça aos pés. Fico estática segurando minha respiração com medo de me virar. Sinto sua respiração no meu pescoço a deixar-me me mais nervosa. – Nervosa pycola? – A sua voz soa-me como um trovão a rasgar os céus e deixa-me toda arrepiada. – Sim! Me assustaste – profiro estas palavras a virar-me para encará-lo. Seus cabelos despenteados, olhos azuis-cobalto e os lábios em uma linha recta. Ele estava todo de preto, a camisa e os jeans rasgados com um sobretudo. – Isso acontece por incorporar uma humana frágil. – Sua voz sai com escárnio deixando-me irritada. – Eu não incorporo nada! Eu sou assim. – E levanto a cabeça para encarar os seus olhos. – Ainda estou curioso para saber qual é a sua segunda forma. – Continua ignirando o que lhe disse. – Vais morrer curioso… – Então irei esperar para sempre porque morrer para mim é algo impossível. – Mas, o que Você está a fazer aqui? – Pergunto mudando de assunto. – Senti a sua tristeza e vim ver o que está a acontecer. – Diz me seguindo para o quarto. – Eu estou bem, podes ir agora. Coloco o bloco de volta na escrivaninha e sinto sua mão fria na minha cintura por dentro da minha camisa. – O que estás a fazer? – Pergunto sentindo sua outra mão a acariciar minha barriga. – Para uma piralha tens um corpo muito tentador. – Diz-me a virar para ele e a colocar suas mãos no meu quadril. De súbito minha respiração suspende assim que meu corpo colide com o seu corpo másculo. Ele é forte e quase perdi a consciência, mas me recordei do que ele acabou de dizer. – Eu não sou uma piralha, tenho 20 anos. – Grande coisa não é?! – Rebate ironicamente. Abro a boca para o responder à altura, mas sou impedida pelos seus lábios. Ele se movimenta lento para que eu possa acompanhar os seus movimentos. Um pouco relutante, porém passo os meus braços pelo seu pescoço e mergulho os meus dedos no seu cabelo. Sinto suas mãos a apertarem o meu quadril e o movimento dos nossos lábios torna-se mais rápido. Sua língua adentra na minha boca, primeiro estranho, mas nunca pensei que fosse tão bom. Gemo na sua boca quando o sinto chupar na minha língua. Sua mão vai para o meu cabelo aprofundando mais o beijo. Seus lábios descem para o meu pescoço o cheirando e mordiscando, quando sinto o seu corpo tenso e ele se afasta me encarando furioso. – Porque tem cheiro de um outro macho no seu corpo? – Me enconsta a parede apertando o meu braço. – Você está me a aleijar-me. – Maxon, meu nome é Maxon e ainda não me respondeste. – Grunhe furioso a apertar cada vez mais o meu braço. – Por que o interesse, ham? – Lhe pergunto com a voz trémula. – Porque Você é minha, porcaria. – Grita-se enfurecido e batendo na parede ao meu lado, ao assustar-me sinto lágrimas a descer pelo meu rosto. – Por que você está assim? – Minha voz sai baixa e com medo. – Olha para mim. – Pede baixo e eu recuso-me a aceitar. Sinto seus dedos no meu queixo e ele aperta-me levantando a minha cabeça para olhá-lo. E assim que olho para ele me assusto ao ver que os seus olhos não são mais os azuis-cobalto e sim negros, tão negros como a escuridão infinita. E logo, eu soube ali que não era o Maxon. – É o Cavaleiro n***o. – Olhe-me sempre nos olhos quando falas comigo – diz-me com uma voz baixa amedrontadora e me arrepiando de medo. – Entendeste pequena? – Aceno afirmativamente com a cabeça. – Agora diga-me, de quem é esse maldito cheiro? Oiço batidas seguidas na porta. Era a minha mãe doutro lado que perguntava: – O que está a acontecer querida? Ouvimos gritos. – Você precisa ir embora, eles não podem te ver aqui. – Tento o empurrar, mas ele se recusa. – Eles? Você tem outro é isso? – Eu não tenho ninguém. O cheiro é do meu irmão. – Exalto-me enfurecida com ele. Maxon fica em silêncio por um tempo, baixa a sua cabeça cheirando meu pescoço. Minha mãe havia ido embora da porta, poém havia ido chamar o papai que veio logo a dizer: – Eu vou arrombar querida, fique longe da porta. Acaricio o seu cabelo e sinto seus beijos no meu pescoço, leves e doces. – Desculpa o seu Cavaleiro. – Sussurra no meu ouvido e fecho os olhos sentido os seus lábios deixando um beijo casto nos meus.
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