Theo chegou bem cedo naquela manhã. A casa estava silenciosa, com poucos sons vindo do andar de cima, onde Salvatore ainda descansava, como Francesca havia dito. Sem hesitar, Theo se dirigiu diretamente para a estufa, onde sabia que Miguel Romano estaria, como sempre, cuidando de suas plantas e flores. O velho botânico tinha um jeito peculiar de passar as manhãs, imerso entre suas roseiras e mudas, algo que sempre dava a ele uma sensação de paz, apesar de todos os tumultos ao seu redor. Ao entrar na estufa, Theo encontrou a cuidadora de Miguel, que parecia estar organizando alguns vasos e ferramentas. Quando ela o viu, ela fez um gesto educado e saiu discretamente, deixando Theo a sós com o velho. O som suave dos pássaros do lado de fora e o cheiro doce das flores preenchiam o ar, tornand

