(...)
Arthur: tá pronta?
Gabi: hunrum — desci as escadas enquanto ajustava o meu vestido.
Arthur: c*****o, tá gata demais, amor.
Gabi: brigada, maninho
Gabi: cadê a Clara? — perguntei vendo que a sonsa não tava com ele.
Arthur: foi pra casa do pai dela.
Gabi: brigaram?
Arthur: nós tava de boa, mas eu chamei ela pra se arrumar e ela começou com uma birra dizendo que nós dois não ia pra lugar nenhum, aí foi embora.
Gabi: hum — passei por ele e fui pra cozinha.
Arthur: mandou uma mensagem agora a pouco falando que se eu fosse pra favela nosso relacionamento ia acabar e eu nem respondi.
Gabi: vou te apresentar uma amiga — Sorri pro meu irmão.
Arthur: pra?
Gabi: pra você sair dessa "mesmice" desse noivado com a Clara.
Arthur: igual você faz com a Mila? — ele tomou a minha garrafinha de água, cheio de deboche.
Gabi: eu? Eu não coloco chifre em ninguém
Gabi: quem namora sou eu?
Arthur: eu até diria que você tá errada, mas chifre trocado não dói, né?
Gabi: como assim?
Arthur: nunca ouviu os boatos? A Mila enche o r**o do Dominic de chifre, pô.
Gabi: ele não fala muito sobre eles dois.
Arthur: pois é, ela não é nenhuma santa.
Arthur: pra ser sincero, ela começou a trair ele bem antes de tu voltar e começar esse caso de vocês.
Gabi: como que trai aquele gostoso, gente? — sorri, só pra perturbar o meu irmão.
Arthur: se liga, garota
Arthur: não é porque ela trai ele que essa relação de vocês é certa. Tu já foi namorada, tá se rebaixando a amante por quê?
Gabi: não começa com isso. — fechei a geladeira e saí da cozinha pra evitar aquele papo.
Arthur: eu não preciso falar nada, tu sabe muito bem. Não deixa ele te apagar de novo com esse caso, Gabrielly.
Gabi: ele não tá apagando nada.
Arthur: hum.
Gabi: ele sabe das traições dela? — mudei o rumo da conversa.
Saber que ela trai ele me deixou curiosa. O Thiago nunca me falou nada sobre.
Arthur: sabe.
Gabi: casal perfeito, né?
Arthur: hunrum
Gabi: vamo? — forcei um sorriso.
Arthur: bora — meu irmão pegou as chaves do carro no balcão e nós saímos de casa. Quando a gente tava subindo pra favela, eu recebi uma ligação. Era o Dom me ligando.
Gabi: Que foi? — meu irmão me encarou quando eu atendi e revirou o olho. Ele sabia muito bem quem era
Dom: onde tu tá?
Gabi: tô no carro do Arthur, indo pro baile.
Dom: hum
Gabi: só isso?
Dom: muda a rota aí.
Gabi: pra onde ?
Dom: manda o Arthur te deixar lá atrás da quadra.
Gabi: o baile nem é na quadra hoje, é lá embaixo.
Dom: depois nós desce, morena.
Gabi: hum
Dom: vai?
Gabi: vou.
Dom: tchau então.
Gabi: tchau, baby — desliguei e coloquei o celular no colo. Meu irmão tava me olhando pronto pra começar o papinho dele. — nem um piu.
Arthur: beleza.
(...)
Dominic Souza 🍁
Mila: Souza, porque você não sobe logo pro camarote comigo?
Dom: vou ter que resolver umas coisas ali.
Mila: onde você vai?
Dom: vai pro baile que eu vou resolver umas coisas e depois volto pra cá, pô.
Mila: hum
Dom: vai lá — dei um beijo nela.
Mila: tá bom — Esperei ela ir pro camarote, deixei um dos meus de olho nela e subi pra quadra. Cheguei lá e a minha morena tava sentada nos degraus do meio na arquibancada.
Ela tava linda, tava com um vestido preto coladinho no corpo dela, mas o que chamou atenção foi o colar dela. O colar que eu dei pra ela antes da gente terminar e ela jurou que não ia usar nunca.
Gabi: até que enfim, né? Pensei que a namorada não tinha deixado você subir.
Dom: você sabe que ela não manda em mim.
Gabi: cara, você mente demais pra tua mina.
Dom: eu cumpro com o meu papel no romance dela, pô — subi os primeiros degraus da arquibancada.
Gabi: e quer dizer que agora você sustenta chifre, Thiago Souza?
Dom: teu irmão te falou?
Gabi: hunrum
Dom: viu que eu sou só uma vítima nessa história? — fiquei no meio das pernas dela e apoiei minhas mãos na coxa dela.
Gabi: quem vê até pensa, né — falou passando os braços em volta do meu pescoço. — mas você me chamou aqui pra ficar falando da sua mulher?
Dom: não
Dom: até porque a minha mulher é você, morena.
Gabi: é? — ela aproximou o rosto do meu, sorrindo.
Dom: hunrum — beijei ela, e dessa vez não foi nada frio ou sem graça. Ela correspondeu ao meu beijo do jeitinho de sempre e nós dois ficamos atrás da quadra até o momento que uma chavinha girou na cabeça dela.
Gabi: vamo pro baile — falou se afastando de mim e limpando a boca do meu beijo. — vão acabar descobrindo nós.
Dom: eu não ligo.
Gabi: mas eu ligo, quem vai ficar com a fama de amante e p**a sou eu — ela me empurrou e desceu a escadaria. Eu continuei de costas pra ela, sem entender o surto do nada.
Dom: quando que tu vai me falar o motivo pra tá assim?
Gabi: assim como?
Dom: você sabe muito bem, Gabrielly — encarei ela e desci a escadaria. — eu notei que você tá estranha desde a hora que você veio aqui mais cedo.
Dom: depois você ficou só soltando "indiretinha" e eu percebi.
Gabi: que indireta? Só porque eu falei que o amor é lindo? Foi piada, cara.
Dom: você sabe que não é só isso, pô — prendi ela contra a grade.
Dom: fala que que foi, n**a.
Gabi: não foi nada, baby — ela me deu um beijo rápido — para de ideia errada.
Dom: hum. — ela me rendeu no papo dela.
Gabi: vamo descer?
Dom: vamo
continua...