**Isabela — A Máscara que Me Engole**
Fechei a porta devagar, como se o som suave da chave girando na fechadura pudesse partir minha irmã ao meio. O corredor do prédio estava envolto em um silêncio profundo, mas dentro de mim, a gritaria de emoções se fazia ouvir. Respirei fundo e encostei a testa na madeira fria da porta, como se esse simples gesto pudesse me ancorar, me afastar do abismo que parecia me chamar.
Dentro do apartamento, eu tinha certeza: Sera estava chorando. Mesmo sem ouvir, conseguia sentir o soluço dela, um eco em mim que nunca se desligava. Era um vínculo forte, inquebrável quando ela sufoca, eu também sufoco.
Apertei a alça da bolsa contra meu ombro, onde o tecido da máscara estava escondido, como um segredo perigoso prestes a pôr tudo a perder. Não era apenas um ade
