📓 Seraphina
Quando a roda-gigante começou a descer, o coração ainda batia rápido demais.
Não era o vento, nem o frio era ele.
Adriel Monteiro e esse jeito de virar o mundo do avesso com duas frases e um sorriso torto.
Assim que a cabine encostou no chão, eu saí quase tropeçando.
— Chega, pronto. Já vivi o suficiente pra hoje.
Ele riu atrás de mim. — Covarde.
— Covarde, não. Prudente. — rebati, ajeitando o cabelo e o casaco que ele tinha me dado. — Agora é minha vez.
— Tua vez de quê? — ele perguntou, curioso, me seguindo.
Eu parei em frente a um brinquedo iluminado, barulhento e rápido demais — um looping que girava como se quisesse cuspir a gente pro espaço.
As pessoas gritavam, os cintos batiam, e o vento fazia o metal ranger.
O tipo de coisa que claramente deixava qualquer
