capítulo 71

1180 Palavras

📓 Serafhina O vento bateu mais forte, espalhando meu cabelo molhado no rosto. A maré subia devagar, roçando meus tornozelos, fria, insistente. E, por um instante, foi como se o mundo respirasse por mim já que o meu corpo teimava em esquecer como fazer isso direito. Adriel continuava me olhando, sério, atento, como se quisesse decorar cada palavra, cada gesto. Nenhuma interrupção, nenhum “vai ficar tudo bem”. Só presença. E era exatamente isso que eu precisava alguém que ficasse, mesmo sem entender nada. Suspirei fundo, a garganta arranhando, o ar cortando por dentro. — Eu ainda não sei o que é pior… — murmurei. — Saber que eu posso morrer cedo, ou ver a Isa tentando fingir que não tem medo disso. Ele inclinou a cabeça, o olhar cheio de cuidado. — Ela é tua irmã, pequena. O med

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