Atravesso o chão acarpetado silenciosa e suavemente e empurro a porta. Eu dou um passo para dentro. As minhas botas ensanguentadas e enlameadas estragam o lindo azulejo branco. Este quarto é tão puro, tão branco, tão imaculado. E aqui vou eu. A mesma morte macabra e fo*da. Estou aqui para estragar tudo. A raiva de matar Joaquim ainda corre nas minhas veias. Eu me sinto bem, vivo, fortalecido. Até que eu a vi. Seminua e tremendo ao pé da pia. Ela está dobrada sobre si mesma como se pensasse que pode desaparecer se tentar o suficiente. O cabelo escuro cai em ondas sobre a sua pele cor de chocolate. E então ela levanta o rosto para me olhar com os seus lindos olhos cheios de lágrimas e eu percebo uma coisa... Não sei em que dia*bos me meti. ESMERALDA A minha primeira reação é rir.

