Capítulo 3

960 Palavras
Beto Faz um mês que Lucas viajou. De vez em quando falo com a Júlia para saber como ela está. Como prometi para o meu melhor amigo que iria cuidar e ser olhos dele, enquanto ele estiver lá. Daqui a pouco vou me encontrar com o senhor Dantas, pai do meu amigo, que me ligou e pediu para nós nos encontrarmos, e já me garantiu que é sobre o time. Estou aqui deitado na minha cama. Será que ele não vai ser mais o técnico do time? Ah! Sei lá… Não sei o que pensar. Levanto-me e vou para o banheiro tomar um banho, para ir logo para esse encontro. Só jogo uma água no corpo, saio do box, pego a toalha, enxugo-me, depois enrolo na minha cintura e vou até o espelho. Fico pensando sobre no dia do aeroporto. Quando vi o Lucas se despedindo do seu grande amor, confesso, que queria sentir esse sentimento, saber que alguém estará esperando por mim quando voltar para casa… balanço a cabeça para afastar esse sentimento. Estou louco, só pode! Adoro a minha liberdade. Sem contar que posso ter qualquer mulher na minha cama e sem dar satisfação. Isso é bobagem. Vou para o meu quarto e termino de me arrumar. Não posso me atrasar para o encontro com o senhor Dantas. Sei que ele detesta atrasos! São mais ou menos duas da tarde. Esse foi o horário que o senhor Dantas combinou comigo e local da reunião será no campo, assim que chego, vejo o pessoal do time. Achei que era só comigo que iria falar, mas marcou com o restante do time também. Com isso, fico mais ansioso. O que será que o técnico está aprontando? Não demora para ele chegar. Mas ele não está sozinho, e sim acompanhado com um rapaz loiro. Quem é esse cara? ― Boa tarde, galera. Desculpa a demora, acabei pegando um trânsito horrível ― ele explica enquanto olha para o rapaz que veio com ele, que sacode a cabeça concordando. ― Mas como vocês sabem, ganhamos a semifinal e estamos classificados para a final do Mundial. Meu filho era capitão e atacante do time, ele não está mais aqui… Que ele faça muito sucesso lá fora. Agora, estamos sem capitão e sem goleiro. Primeiro, quero apresentar a vocês, esse é Rodrigo Campos. Meu xará, também é goleiro. Jogava no time do interior do Rio de Janeiro. Conversei com ele pelo celular e o chamei para vir aqui para São Paulo para jogar no nosso time. Deem boas-vindas para ele, galera! Todos e inclusive eu, demos boas-vindas para o novo goleiro do time. Depois disso, o técnico me chama para ir até à frente do time. Pisco várias vezes não acreditando. Quando me chama mais uma vez, finalmente o meu cérebro volta em si e me levanto, e caminho até ele. ― Fica aqui do meu lado. ― Sorri, sussurrando no meu ouvido. Balanço a cabeça fazendo que sim, ele pousa o braço ao redor do meu ombro. ― Então, acabei de apresentar o Roberto, o novo goleiro. E sobre o capitão, quero que aplaudam o novo capitão de vocês. ― Todos aplaudem, olho para os lados para procurar o tal capitão e nada. Portando, viro-me e olho para o técnico e pergunto onde está esse novo “capitão”? Ele começa a gargalhar, noto que o pessoal também começa a rir e depois me puxa para um abraço. ― Qual é a graça, senhor Dantas? ― pergunto, afastando-me. Olho para ele confuso. ― A graça é que você está perguntando isso? ― Leva a mão na sua boca, tentando parar de rir. ― Beto, não vai vir ninguém. Quem vai ser o capitão do time Red Champions é você! ― Aponta para mim. ― O quê? — Olho para ele em choque. Depois olho para o restante dos jogadores e volto olhar para ele. ― NÃO, NÃO. Não posso. O que o Lucas pensaria de mim… ― Distancio-me dele levando as mãos na cabeça. Ele pega no meu braço, fazendo-me olhar para ele. ― Escuta aqui, Beto. Primeiro, escolhi você porque sempre foi dedicado nos treinos, estava dando apoio ao time, principalmente ao Lucas. E segundo, antes de viajar ele mesmo me disse para passar a faixa de capitão para você. ― Sério? ― pergunto, olhando surpreso. Não estou acreditando isso. Eu, capitão do time. ― Ob… Obrigado… ― Agradeço, com a voz um pouco embargada. ― Que isso, filho… ― Me abraça e dá dois tapas nas minhas costas. Depois se afasta me fitando. ― Isso é mérito seu, ok? ― Meneio a cabeça em sinal que sim, com os olhos cheios d’água. Logo ele pede para me sentar junto ao restante do time. Afasto-me e me sento. Sem demora, ele conta que poderemos viver do futebol. Que conseguimos um patrocinador, quer dizer, dois patrocinadores, que vão assinar a carteira e nos fornecer um salário. Eu e o time comemoramos muito. Era o que eu queria, viver do futebol, desde que me conheço por gente. Agora vou poder realizar esse sonho! Nem estou acreditando! Um dos rapazes me cutuca para voltar a prestar atenção no técnico. Ele finaliza que está tudo certo, que hoje foi sua uma reunião para contar as novidades e que amanhã começarão os treinos para final do Mundial, depois nos dispensa. Mas nos alerta, que se caso tenha alguma comemoração, para não exagerarmos, porque amanhã bem cedo tem treino. Fizemos um Ok, ele vai embora. Em seguida, o time e eu combinamos de nos encontrarmos numa boate mais tarde para comemorarmos, também chamamos o novato. Para ele logo se enturmar com a gente. Mano, estou muito feliz! Para melhorar nada melhor que pegar umas minas hoje à noite!
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