Benício Mendelerr Aquele dia tinha sido infernal, e tudo o que eu queria era sair do escritório e ir para casa tentar conversar com Paulah. Já estava tarde, o sol tinha se despedido há horas, e estava organizando alguns papéis na mesa quando ouvi passos na porta. Era Lui, pensei que estava na companhia da tia... Felizmente, estava sozinho! — Benício, ainda bem que não foi embora! — ele disse, entrando na sala como se fosse dono do lugar. — Hoje é dia de brindar! Fechamos aquela venda de cigarros em Tóquio com um lucro que nunca tínhamos conseguido antes! Suspirei, sem tirar os olhos dos papéis. — Parabéns para nós, Lui. Mas eu estou cansado e você sabe o porquê. Preciso ir embora, já deu meu horário! Ele balançou a cabeça, como se minha resposta fosse inadmissível. — Nada disso, B

