Capítulo 16*

1600 Palavras
- Vou deixar a Júlia com a Nathália e já volto pra gente desenrolar toda essa merda. - ele fala andado em direção a escada. - Atos eu.....- ele me interrompe. - Quando eu voltar conversamos. - fico na sala andado de um lado a outro com a mente um turbilhão,o pensamento de perder a minha filha me apavora,se o Atos tira - la de mim não sei o que farei da minha vida,ela é o que me inspira e dar forças pra suportar tudo nessa vida,me sento desesperada e começo a chorar,ouço passos e levanto o rosto vendo Atos que vem andando em minha direção e para na minha frente. - Eu sinto muito,não tive a intenção de fazer isso,eu nem sabia que você era você,só por favor não retire a minha filha de mim,ela é tudo o que eu tenho. - falo entre lágrimas e Atos apenas me olha pensativo. - Quando nos conhecemos naquele baile eu gostei de você sabia, você conseguiu chamar a minha atenção apenas dançando,eu precisava te fazer minha a todo custo naquela noite,e depois que transamos eu não conseguia parar de pensar na noite que tivemos o que era irônico por que eu ainda estava com a Elisa. - olho pra ele desacreditada. - Atos não pense que eu escondi a Júlia de você por que eu quiz,mas se coloque no meu lugar,eu nem sabia quem você era,você me levou pra um descampado e transamos dentro de um carro,após aquele dia nunca mais tivemos contato,eu nem sabia por onde te procurar. - ele respira fundo balançando a cabeça em negação. - E teria feio diferença se soubesse quem eu sou por acaso, dúvido que quando você me viu você não se lembrou. - ele fala entre os dentes e com raiva. - Anda p***a fala c*****o admita que você tem vergonha de mim,do que eu sou ou do que represento pra sociedade. - ele se aproxima de mim e segura meu queixo me fazendo olhar pra ele. - Eu não tenho vergonha, só não sabia como te contar,e se você não acreditasse em mim. - ele me solta. - Você sabia de tudo o que eu passei quando a Elisa morreu grávida,e aí você aparece e me priva de saber que sou pai,não gostei e confesso que me deu um ódio muito grande por você. - ele vai até a bancada e pega um copo de whisky. - Sinto muito,mas eu tive medo por você ser quem é,não queria a Júlia nesse ambiente e não vou mentir se eu soubesse que você era o dono do morro eu nunca teria colocado os meus pés aqui com a minha filha. - ele me olha com um olhar que eu nunca vi e joga o copo longe o mesmo bate na parede e cacos voam pela sala me encolho mas não me arrependo do que disse. - Nossa filha por que se depender de mim ela nunca mais ficará sem um pai,e quanto a você se dê por satisfeita de eu não te jogar pra fora do meu morro. - olho pra ele de olhos arregalados e com os olhos cheios de lágrimas. - Você não tem o direito de me impedir de ficar com a minha filha. - falo nervosa limpando o rosto. - Ela é tanto minha quanto sua e por isso a partir de agora ela irá morar comigo,não me interessa se você vai gostar ou não,meu morro minhas ordens se não gostar pode sumir daqui entendeu,mas a MINHA FILHA VOCÊ NÃO LEVA p***a. - entro em desespero e corro até ele para agredi - lo,Atos segura meus pulsos e me joga sentada no só. - Atos pelo amor de Deus não faz isso comigo. - falo chorando. - Ela é pequena,precisa de mim,a Júlia m*l te conhece,você não pode fazer isso. - ele me olha com frieza e desprezo. - Só não posso como vou,eu mando aqui no meu morro,se dê por satisfeita que eu vou deixar você morando aqui no morro,pra que a minha vontade é colocar você pra fora tá ligada. - respiro com dificuldade desorientada,olho pra ele com o coração sangrando só de pensar que a Júlia não vai mais morar comigo,ele não pode fazer isso,ela é minha também. - Atos por favor não faz isso,se é perdão que você quer eu posso reconhecer que errei,mas por favor não tira a Júlia de mim. - falo tentando manter a calma. - Eu não quero o seu perdão,sua desculpa ou seja que p***a mais você vai pedir,acabou por aqui, talvez se você tivesse jogado limpo comigo desde o início não precisaríamos ter chegado a esse ponto. - ele fala e sai andando. - Mentira,pessoas como você não tem pena de ninguém,eu fiz isso pra proteger a minha filha e teria feito tudo outras vez,esse ambiente não é pra ela. - ele para e fala ainda de costas pra mim. - O pior de tudo isso é que eu achei que você fosse diferente,mesmo sabendo que você não gostava de relacionamentos com bandidos,te aconselho a escolher melhor da próxima vez com quem você vai pra cama por que a três anos atrás você só queria bebida e sexo.- aquelas palavras penetram fundo e me incomoda, abaixo a cabeça respirando fundo e lágrimas rolam,naquela noite Atos foi uma pessoa que me marcou pra sempre,eu pensava nele e na aventura que tivemos diariamente,depois dele foi difícil me relacionar com outras pessoas. Subo as escadas e vou até o quarto da Nathália,ela está sentada na cama enquanto a Júlia está dormindo,nos olhamos e ela vem até mim e me abraça,não resisto e choro ainda mais. - Ele vai tira - lá de mim Nathália,ele vai tira - lá de mim,me ajuda por favor. - Calma Rafa eu ouvi tudo e prometo conversar com o cabeça dura do meu prim- ela fala com carinhosamente. - Tô com tanto medo,eu só queria protege- lá desse mundo. - falo me soltando. - Eu sei mas quando você o viu por que não foi embora,você poderia me pedir uma transferência que eu te dava já que você não queria o Atos como pai da Júlia. - olho de Nathalia pra Júlia e suspiro indo em direção a cama. - Eu queria contar,eu tentei ir embora mas ver o Vitor de novo....- ela me interrompe. - Espera,espera, espera,Vitor,como assim você sabe o nome do meu primo. - ela pergunta surpresa. - Ele me contou,quando nos conhecemos mas me pediu pra não contar a ninguém,só minha irmã sabe o nome dele por que eu precisava desabafar com ela quando descobri a gravidez. - ela sorri de lado. - Uau temos um progresso,o Atos nunca jamais contaria o nome dele pra outra pessoa se não fosse especial ou da família,sinta - se lisonjeada. - sorrio sem vontade. - Grandes coisas,estou sem minha filha agora. - ela senta ao meu lado. - Fica calma,ele não vai tirar a Julinha de você,ele só está com raiva agora mais vai passar e quando passar ele vai levar a Júlia de volta pra você, conheço ele,e ele tem um coração de manteiga. - levanto uma sobrancelha. - Tomara que seja assim mesmo por que eu não suportaria ficar longe dela por muito tempo. - falo me levantando e pego Júlia no colo. - Ei ei ei pensa que vai pra onde com ela nos braços. - Nathália fala tentando me impedir,só tentando. - Vou para o meu quarto com ela, não vou ir embora e deu deixar ela aqui sem mim,se o Atos pensa que vou embora e ela vai ficar ele está muito enganado,ele que lute comigo por que minha Júlia na fica longe de mim. - falo e saio andando para o meu quarto e escuto a Nathalia falando. - Eita que isso vai ficar mais que bom,vai com tudo Rafaaaaaa. - ela fala gargalhando e bate palma,Júlia abre os olhos sonolenta. - Mamãe? - olho pra ela e sorrio. - Tô com fome.- concordo com a cabeça. - Mas primeiro tomar um banho pra começar bem o dia. - entro com ela no quarto e vou direto para o banheiro,dou um banho nela e coloco um vestido fresquinho, faço tranças em seu cabelo com lastex colorido,e em cima deixo um r**o de cavalo,deixo ela sobre a cama e tomo um banho rápido por que depois que somos mãe demorar no banho é luxo. Colo um macaquinho soltinho estampado,deixo o cabelo solto por por que está molhado e desço com Júlia pra tomar café,chego na cozinha coloco a Júlia sentada na cadeira dela que o Atos fez questão de comprar e começo a preparar o café,corto algumas frutas,faço o café e preparo o pão com queijo presunto e requeijão,pra Júlia dou um suco com pão e frutas picadas,depois sento e começamos a comer. - Um está com uma cara ótima. - Nathália chega na cozinha. - Você se importa se eu não for para o posto hoje,eu sei que não posso ficar faltando mas não estou com cabeça hoje pra nada. - peço e ela concorda. - Quando pretende contar pra ela a verdade? - Nathy pergunta curiosa. - Não sei, vou conversar com o todo poderoso primeiro com certeza ele quer pra ontem. - ela revira os olhos. - Não dúvido,ele já a amava sem saber,sabendo então vai ficar um nojo,se Julinha souber pedir vai tirar tudo dele. - ela fala e rimos,terminamos de tomar nosso café e Nathália sai pra trabalhar,lavo a louça e fico na sala assistindo desenho com Júlia pra tentar espairecer a mente de toda essa confusão.
Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR