— Vem com o papai, campeão.
Thore se aninha contra o peito dele, rindo e batendo a mãozinha em seu rosto como se quisesse brincar. A cena me desmonta. É simples, mas tem um poder que nenhuma palavra alcança.
Dayse me observa com um sorriso emocionado, os olhos levemente marejados. Ela se aproxima devagar e pousa a mão no meu braço.
— Como você está? Sobreviveu com glória àquele monte de gente rica do baile? — ela pergunta num tom leve, quase brincalhão.
Solto uma risada pequena, mas sincera.
— Sobrevivi. Mas confesso que não esperava acordar com o hotel cercado de jornalistas. Tudo está indo rápido demais, e eu não queria deixar minha casa tão cedo…
— Eu entendo, querida — ela diz com doçura. — É duro se desapegar de um lugar que foi abrigo por tanto tempo. Mas olha, você foi uma rai
