Luciana, por outro lado, manteve-se afastada. O corpo ereto, braços cruzados com perfeição quase ensaiada. Mas seus olhos… Ah, os olhos diziam tudo. Ela o estudava com uma intensidade silenciosa, como se esperasse encontrar falhas em cada traço daquele bebê. — Tem os olhos do Christian. — murmurou, quase como se não fosse nada. Mas cada sílaba soava meticulosamente escolhida, como uma faca polida com esmero. — Muita gente tem olhos claros, Luciana. — Lyra se intrometeu com a doçura escorregadia de quem disfarça veneno em mel. — Isso não prova muita coisa, não é? Mantive o sorriso. Calmo. Sereno. Mas minha alma ardia de indignação. — Verdade. — respondi com um sorriso calmo. — Mas esses olhos são do pai. E isso ninguém pode contestar. — acrescentei firme, mesmo sabendo o quanto o destin

