Melinda ficou ali, parada, com as palavras de Ronald ecoando em seus ouvidos a decepcionando demais. Sentiu-se completamente humilhada, reduzida a algo que precisava ser moldado e consertado para ser digna de um "futuro lindo" ao lado dele. A dor da humilhação se misturava à raiva e à desesperança. Ela não queria mais ouvir, não queria mais estar ali. Com a cabeça a mil, ela esperou. Esperou Ronald se deitar e, adormecer, com seu sono pesado. Então, com o coração apertado e os olhos marejados, Melinda se levantou da cama. Moveu-se com o máximo de silêncio possível, pegando suas coisas. Cada passo era um esforço, cada ruído a assustava. Finalmente, conseguiu sair do quarto e da casa dele sem ser percebida. O ar frio da madrugada do condomínio a abraçou, mas não conseguiu aliviar o peso

