Lily estava parada no meio do quarto, olhando fixamente para a mala meio aberta em cima da cama. O silêncio era pesado, quase sufocante, mas sua mente parecia estranhamente vazia, como se toda a raiva, humilhação e tristeza dos últimos dias a tivessem deixado oca. Suas mãos se moviam mecanicamente—dobrando roupas, colocando documentos no compartimento lateral, verificando a carteira e o carregador do celular. Cada clique do zíper da mala ecoava mais alto que seu próprio coração batendo. Quando a mala estava pronta, ela ficou parada, olhando para ela por um longo tempo. Parecia tão pequena, até mesmo patética, comparada aos anos que passara naquela casa. Uma casa que ela, um dia, acreditou que pudesse ser seu lar e que havia decorado, limpado, onde rira e chorara. Mas agora, não

