Kethelyn Nonato
Depois que chegamos na praia, uns entraram no mar, outros preferiu ficar na areia tipo Bia, Pedro, Isaque, Laura e eu. Eles estavam conversando nem fiz questão de escuta ou participar da conversa.
De vez em quanto Isaque e eu trocavamos olhares e eu já estava ficando louca de vontade de beija-ló e sentir as mãos dele em mim.
—Keth? — Bia me chamou, e eu voltei para a terra novamente.
—O que foi? Desculpa estava distraída.
—Eu vou ir comprar água com o PH, você quer ir?
—Não, vou ficar aqui, PH cuida dela para mim viu? E trás uma água de coco para mim. — pedi e ela concordou.
—Pode deixa que vou cuidar direitinho. — ele falou e na hora ela corou, ficando da cor dos seus cabelos. Os dois saíram deixando apenas Isaque, Laura e eu.
—Vou procurar as meninas tá, avisa meu irmão pra mim. — ela diz se levantando igual um jato e sumindo dos nossos pontos de vista.
—Pô, finalmente ela saiu, já tava quase te beijando na frente deles. — Isaque me puxou para seu colo selando nossos lábios.
—Aqui não Isaque, alguém pode nos ver. — falei quase em um sussuro assim que ele desceu sua boca, deixando um beijo perto de um dos meus s***s.
—Já tô pouco me fodendo é bom que me rende mó tempo de ter que explicar pra todo mundo. — ele continuou e eu tirei a mão dele da minha b***a me jogando do seu lado. — pô que foi?
—Não tô gostando do rumo que isso tá tomando, de verdade.
—Ih qual foi pô? Tem nada de errado.
—Tem sim Isaque, a gente tá ficando escondido do meu irmão e da sua irmã. Você sabe que isso vai dar merda né?
—Mas já tá na cara que a gente tá ficando, quase odo mundo já sabe.
—Quase todo mundo? Você eu e a Bia. — eu falei debochando. — olha só, eu entendo se você não quiser falar pra ninguém e muito menos querer nada sério comigo, só joga limpo tá? — falo e antes de falar mais qualquer coisa ele me beijou.
Porra por que aquele homem mexia tanto comigo? Por que aquele olhar me consumia de vontade de tê-lo para mim? E por que aquela boca me pedia tanto para beija-lá?
—Pô, eu já disse pra tu que eu sinto coisas diferentes com tu, só não sei se é o momento certo de contar pra eles, só confia em mim.
Maldito, por que eu devia confia nele? Talvez seja porque eu gostasse dele ou até mesmo- não impossível amar uma pessoa em duas semanas é impossível Kethelyn, impossível não coloque coisa aonde não tem.
Isso é só painho issues.
—Tudo bem eu vou esperar, mais igual eu disse, joga limpo comigo, tá bom? — confirmei e meu coração pediu para beijar ele e assim eu fiz.
—Bora pra água? Deve tá mó boa. — diz Isaque me puxando para a beira da praia. — vem burguesinha, a água tá boa.
—Vou nada, a água tá é fria.
—Então eu vou ir ai te buscar, sei que tu tá com frio mais logo passa. — ele falou vindo para o meu lado e me abraçando. Senti seu corpo gelado entrar em contato com o meu e arrepiei na hora.
—Você tá gelado, saí. — disse empurrando ele que me abraçou mais forte. — me solta Isaque, você é mais forte que eu, não é justo. — falei rindo.
—Pô, eu sou amarradão no teu sorriso. — ele sussurra me beijando, assim que separamos nossos lábios aproveitei a distração dele e sair correndo.
—Não vai ser hoje que essa gatinha aqui vai entrar na água. — gritei provocando vendo ele correr atrás de mim.
—Isso ai que não é justo. — olhei pra trás e ele ainda estava correndo atrás de mim, eu começei a rir e perdir as forças, ele conseguiu me alcançar e me pegou pelo braço, fomos para os dois no chão.
—Você é gordo, tá me apertando. — falo tentando sair de baixo dele mas ele tava segurando meus dois pulsos encima da minha cabeça. — por favor Isaque.
—Se tu pedir com jeitinho, eu penso. — disse ne dando um selinho.
—Por favorzinho. — resmunguei e ele negou. — poxa.
—Que tal usar "meu amor" — diz e eu comecei a rir.
—Jura Isaque? — falo e ele concordou. — amor meu e do restante do morro.
—Teu cu. — respondeu bolado, e eu gargalhei de novo.
—Amor, dá licença de cima de mim, dá. — digo fazendo biquinho e ele riu.
—Tá um pouquinho melhor já. — ele disse se levantando e ajudou a me levantar. — tu acha que eu esqueci né? — ele me pegou no colo como se eu fosse um saco de batata e me colocou nos ombros.
—Isaque me coloca no chão, por favor meu amor, meu amorzinho, meu lindo chuchu. — pedir e ele começou a gargalhar.
—Na hora que eu quiser. — ele continuou e eu fiquei resmungando.
—Me bota no chão, as pessoas estão olhando como se a gente fosse loucos. — resmunguei e ele começou a entrar no mar.
—Primeiro vou dar banho nessa gatinha aqui. — ele disse me soltando na água fria.
—Que frio. — falei tirando o cabelo dos meus olhos.
—Pode deixar que eu esquento tu. — veio pro meu lado tentando me agarrar e eu comecei a jogar água nele.
E quando eu menos percebi aquilo já tinha virado uma competição de quem jogava mais água no outro.
A gente brincava na água até começar a escutar vozes e pessoas falando ao mesmo tempo, como se estivessem discutindo Isaque saiu correndo, e eu fui atrás dele.
Chegando lá eu vi o Ph discutindo com um cara e a Bia chorando, tentando tira ele de cima do homem que gritava coisa que eu não prestei atenção, só corrir para tira ela de lá e Isaque foi tirá o Ph.
—Beatriz o que aconteceu? — puxei ela até o quiosque e me sentei com ela. — moça me trás duas águas por favor.
—Meu pai Débora, me viu com o PH e me xingou de palavrões horríveis. Ele disse que odiava meu filho por ser filho de bandido.
—Caramba amiga, seu pai interpretou tudo errado. — falei abraçando a mesma.
—Pior foi o Ph comprando uma briga que nem era dele, assumindo meu filho pro meu pai. — ela disse chorando.
—Não precisa chorar, tá bom? Eu estou aqui e a culpa não é sua. — abracei ela até ela se acalmar. — fica aqui tá, vou ir ali no Isaque. — ela concordou e eu me afastei indo até o garoto.
—Vamo ter que ir embora, antes que a polícia bate aqui atrás da gente. — ele falou nervoso e eu só balancei a cabeça que sim.
—Vou ajudar as meninas a arrumarem as coisas, mas antes deixa eu perguntar, o pai da Bia conhece o Ph?
—Conhece pô, o pai dela é um drogado, vai sempre no meu morro comprar droga. — diz e eu abro meus olhos assustada.
—Caramba, que mundo pequeno. — falei e antes de terminar ele me puxou pra um beijo. — já falei pra não ficar me beijando na frente deles. — separei nossas bocas e vi ele rindo.
—Relaxa burguesinha. — ele falou e eu sair de perto dele indo até a Bia.
—Vem amiga, vamos junta as coisas pra gente ir embora. — falo e ela acente. Sair procurando todos, mas os que eu não achei mandei uma mensagem.
Já estava quase todos aqui, meu irmão já tinha ido na frente, e a gente esperava o Filipe e a Larissa. As meninas me ajudava a colocar as coisas no carro
O Pedro e Bia já tinha se acalmado e estava conversando em um lugar mais afastado. Ô como eu queria ser um mosquito só para ouvir essa conversa.
—Até que fim cês chegou né p***a, já tava achando que tinha sequestrado os dois. — Isaque gritou e eu repreendi com o olhar, ele só olhou e deu um sorriso torto pra mim
Desse jeito eu não vou conseguir nunca lutar contra ele.
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Fomos embora e almoçamos em um restaurante, depois foi todo mundo pra casa e já estavam espalhados pelos sofá discutindo que filme iriamos vê, já que a ideia da praia deu meio que errado.
—Eu não gosto de filme de terror. — ouço Larissa dizer e sair ao favor dela.
—Eu também não. — falo e Bia me encarou. — o que? Eu nunca fui fã de filme de terror mesmo não, daqui a pouco eu tenho um ataque.
—Então vai ser um filme de terror que a gente vai ver. — PH diz colocando o filme e se ajeitando no sofá.
Bia estava entre eu e ele, em um outro sofá, Laura, Isabela e Carla, meu irmão estava sentada no braço do sofá ao meu lado, Lari e Felipe deitados no chão e Isaque na poltrona.
Percebi logo de cara que eles estavam no maior clima e me joguei no chão procurando um espaço para me sentar.
Confesso que estava morrendo de medo, só o nome do filme me deixava arrepiada. Me sentei encostada na poltrona.
Olhei para o Isaque e sorrir logo sendo retribuida com um sorriso torto. Meu Deus!! Aquele sorriso me fazia esquecer até o meu nome.
Acordei do meu conto de fada quanto escutei a risada da introdução do filme, eu gelei toda. Olhei para todos lados, e todos tava entertido no filme
Eu tentei fazer o mesmo mas era meio que impossível já que tomava susto de dois e dois segundo. Estava distraída vidrada na televisão onde refletia as vozes assustadoras.
Quando olho pro escuro e só sentir algo rodear minha cintura já estava pronta para gritar, minhas pernas estava bamba e não tive nenhuma reação.
Será que o cara do filme veio me pega? Alguém passou a mão na minha boca e meu coração falhou por pelo menos um segundo. Meu Deus eu estou muito nova pra morrer.
—Sou eu calma. — sabia bem quem era apenas sorrir amarelo procurando ele na escuridão. — você tá bem? — ele ainda pergunta? Quase me matou do coração. Respondi que sim com a cabeça e ò fitei. — tu tem certeza?. — concordei que não e abracei ele. — bora sair daqui?
—Eles vão sentir nossa falta, acho melhor não. — sussurro e ele confirma com a cabeça que não.
—Tá todo mundo distraído. — ele sussura em meu ouvido e me puxou de forma em que ninguém nos viu sair. Certeza que disso ele entendia muito bem.
Nos sentamos do lado de fora da casa, sentadoa na calçada, conversando e as vezes trocando alguns selinhos.
—A gente podia tá assistindo série né? Melhor do que aquele filme.
—É mermo pô, bora subir?
—Não agora não, vamos ficar aqui, daqui a pouco escurecerá ai entramos. — falo e ele acente. Ficamos conversando enquanto o mesmo ficou me fazendo cafuné.
Assim que escureceu, tinha umas duas horas que estávamos ali, surgiu varios assuntos de acordo que eu ia conhecendo ele melhor me abria mais um pouco para ele.
—Vamo lá na tia Rosa lanchar? Tô numa larica braba, depois a gente volta pra assistir o negócio lá.
—"O negocio lá" — comecei a rir e ele me olhou. — vamos, eu também estou com muita fome. — me levantei do chão com a ajuda dele, sendo assim ele pegou minha mão e começamos a descer para a lanchonete.
Entramos num beco pouco iluminado mais dava para ver lá no fundo, Giovanna e a Ana, eu olhei pro Isaque ele tava despreocupado como se a presença delas não incomodasse.