CAPÍTULO 11

713 Palavras
Baruk Ela come a comida e vem pra cozinha, lava o prato e fica enrolando na pia, acha que sou trouxa sei que tá querendo ganhar tempo e não bater o papo comigo - Vem pra sala logo mulher. - vou na frente e ela vem atrás - Anda, rasga o verbo logo. - ela senta no sofá e eu paro na frente dela com os braços cruzados - Não tem oque falar. - ela responde de cabeça baixa e como sempre pra dentro - Então você gosta de ser feita de capacho pelas quengas? - ela me olha e rapidamente baixa o olhar - E ver se falar pra fora, gosto de sussurro não. - ela solta uma risada nervosa - Eu morava com a Natieli.. - ela começa a falar a voz embarga - Tô ouvido - Quando minha mae morreu, meu pai casou com a mãe dela e aí... Ele faleceu também. - vejo que as lágrimas tá descendo e vou falar pra tu, gosto de ver mulher chorar não - E lá o tratamento era como? - Eu tinha que limpar tudo, fazer comida, se não apanhava... - essa história já tá me deixando doidão das idéias - E por que não comia aqui? - Por que lá só podia comer o resto e eu achei que aqui também. - solto uma risada nervosa e passo a não no meu cabelo - Tá doida minha filha, comida não se n**a não - Por que não meteu o pé de lá? - Tenho 18 anos, meu dinheiro ela pegava tudo, tentei fugir e ela me pegou e me torturou por dias. - ela respondeu bem nervosa querendo chorar - Por enquanto tá de boa. - pelo visto essas paradas mexe bastante com ela - Pega tuas coisas. - ela se levanta e vai lá pra fora e volta com uma sacola de mercado Decido nem questionar, a bicha era sofrida Memo, subo com ela pro quarto, abro a porta e ela olha tudo como se fosse de outro mundo - Tá de boa? - ela concordou com a cabeça sentando na cama - Pra quem dormia em um papelão... - ela fala um pouco baixo e eu olho sem acreditar - Na moral, tu dormia no chão? - E ao lado de fora. - ela dá uma risada sem graça - Fica sussa aí e qualquer coisa grita. - Saio e deixo ela lá Vou pro meu quarto e vou direto pro banheiro, tomo um banho gelado pra clarear as idéia, como essa mina passou por tudo isso e ninguém nunca fez nada pra ajudar Cê tá doido, saio do banho e coloco apenas um shorts vou pra cozinha e bato um rango, subo novamente e deito na cama. Fico martelando umas paradas na cabeça que tá me deixando doidão, levanto pego uma blusa e vou no quarto dela - Vou te falar tua mãe soube escolher nome não. - ela me olha sem entender - Até agora não sei falar ele. - ela dar uma risada - mais ae bora ali - onde? - Faz pergunta não, só vamo. Ela vem atrás de mim e eu vou até o postinho que tem lá, chamo a enfermeira e falo que a mina precisa passar por aquelas paradas de conversa - Não preciso de terapia - Tu é cheia de trauma, vai fazer essas paradas sim. A enfermeira marca a consulta e é só daqui 30 dias vou te contar, passamos na frente de uma loja que tem ali na subida e ela fica olhando pras roupas - Quer comprar? - ela me olha e n**a com a cabeça - To guardando dinheiro Baruk: mandei você pagar por acaso? Tô perguntando se quer pô Vou até a loja e faço ela escolher tudo que quer e a dona como não é b***a nem nada põe várias coisas a mais, pego as paradas pago e voltamos pra casa - O que teu pai vai fazer comigo amanhã? - ela pergunta nervosa - Sei não mina. - ela baixa a cabeça e sobe lá pra cima Tinha até esquecido dessa p***a, vou dar um salve no Joca pra saber oque ele vai fazer. Será que ela vai realmente ser mandada pra outro lugar?
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