Nunca precisei tanto de um banho quente na minha vida. E era ali, debaixo do chuveiro, que eu podia deixar as lágrimas caírem sem que ninguém visse, nem eu mesma. A porta se abriu e Ben entrou, sentando no vaso sanitário. Passei a mão no vidro e consegui visualizar os olhos dele vermelhos. Com meu dedo, escrevi no vidro vaporizado: “Eu te amo”. Ele sorriu e disse: - Vai passar... Não se preocupe. - Vamos voltar a sair nos dias de f**a? – convidei. – A gente precisa disso. Ou vamos ficar na fossa, amigo. - Ok, vamos voltar... Mas não esta semana. Preciso curtir a minha dor, quietinho no meu canto. - Está bem. Ele saiu. Coloquei um pijama e fui até o quarto dele, que já estava deitado na cama. Deitei ao lado dele e virei para o lado oposto e pedi: - Dorme de conchinha comigo, Be

