Alguns Prólogos

1936 Palavras
DIAS ATUAIS (Vanessa)Era um dia quente, a praia estava cheia, Vanessa ainda atormentada pela saudade de sua melhor e mais íntima amiga, Valéria que exatamente a um ano foi encontrada morta com vestígios de muita violência, entrou para estatística, um número nos arquivos policiais de crime sem solução!---Um doce pelos pensamentos do meu doce. --- Lúcio namorado da jovem parou fazendo sombra.Vanessa revirou os olhos sob as lentes escuras de seu óculos de sol, forçou um sorriso que não chegou aos olhos.O rapaz olhou de forma gulosa para o corpo curvilíneo da namorada ele sabia que era bonito, advogado em ascensão, corpo malhado se quisesse, teria todas as mulheres a sua disposição! Menos a sereia que era sua recatada, romântica e virginal namorada.Cerca de seis meses atrás havia virado questão de honra em ser o primeiro, não tinha pretensão de ser o último, mas o primeiro, a se deliciar com os atributos de sua doce vendedora, que insistia em um absurdo em casar e viver feliz  para sempre?! Contos de fadas e nada mais.Pegou o protetor e começou a aplicar no corpo que tanto ansiava possuir. ---Amor ---sentou-se ao lado da garota exibindo o corpo malhado, uma moça passou olhando descaradamente para ele--- Vanessa, vamos para um lugar mais... Calmo... Para meu apartamento... ---Sugeriu, desejoso de deliciar-se com aquela escultural sereia.---Por quê?--- Vanessa perguntou já antevendo aonde aquela conversa terminaria, disfarçou um suspiro m*l-humorado não se sentia pronta, ainda não, detestava ser pressionada, achava que isso teria que vir de forma natural e não assim... Teria que ser especial! Significativo.---Doce eu te amo, você é minha namorada nada nos impede de nos divertirmos...---Se me ama como diz, querido--- A malvada o beijou de forma sensual--- Me peça em casamento e na lua de mel provo tudo o que quiser. --- Vanessa falou sabendo que era a forma mais eficaz do namorado segurar a mão boba.IDADE MÉDIA (Séc. VII- Lorde John)Lorde John Brook, herdou o clã e todos os seus problemas, viúvo, sua jovem esposa Violet morreu no parto da primogênita natimorta do casal.O guerreiro sentou na cama da falecida, olhou ao seu redor, a penteadeira com detalhes em diamante e ouro, um presente de aniversário, Violet!Se fechasse os olhos ainda poderia ver aquele rosto angelical de olhos tão azuis quanto um céu de verão, brilhando para ele, se silenciasse um pouco a sua dor, poderia ouvir a risada cristalina de sua doce esposa, prometeu-se nunca mais entregar seu coração daquela forma.Se porventura ficou algum espaço para tal sentimento, não permitiria.Com um suspiro releu a carta do tio meio irmão do seu falecido pai, mesmo sangue e tão opostos, o tio relegou a madrasta (a viúva última esposa do avô de John, uma menina apenas de dezoito anos, Hildegard) e a própria filha Elisabeth do primeiro casamento então uma criança de doze anos, para o irmão pedindo que se incumbisse da educação da filha porque a atual esposa não estava feliz com a presença da garota, alguns poucos anos depois John casou e os pais morreram num acidente no mesmo ano do seu casamento,.Dez anos depois o tio ressurgi para reivindicar de forma já tardia seu direito paterno, Elisabeth já com vinte dois anos passando da idade casadoira... Suspirou olhou para a carta, como daria a noticia a prima que por decisão do rei. Ela foi dada em casamento para o maldito barão Never?!Inimigo da casa de John, porém, íntimo amigo de Lorde Etham Homes Brook. Etham era frio e calculista, acima de tudo ambicioso, não se conformava em não ter herdado o titulo e os bens no lugar do meio irmão, John riu amargo, tinha esquecido tinha herdado também essa rixa familiar, tantos problemas, algum dia teria paz?Acreditava que não, suas irmãs, o sobrinho e a esposa de um dos seus melhores guerreiros que depois de casado optou pela vida pacata de administrador haviam desaparecido, diziam a boca pequena que tinha sido sequestradas por Never e que estavam mantidas cativas em secreto nas masmorras do maldito, precisava averiguar tudo para provoca-lo.O dissimulado, sabia que o atual rei não via com bons olhos, brigas entre seus pares e o amaldiçoado era um querido amigo aos olhos do desavisado rei.DIAS ATUAIS (ARTHUR)Lúcio entrou no escritório do amigo e dono do escritório de advocacia---Veja amigo. --- Sentou na confortável cadeira em frente a mesa de Arthur e colocou uma caixinha de veludo preto.---Vai me pedir em casamento?! --- Zombou Arthur do amigo, um mulherengo por natureza.Lúcio sorriu imaginando que em fim teria sua noite de prazer com a caça mais difícil dos últimos tempos.---Comprei hoje de manhã.---Falou brincando com a tampa da caixinha.---Quer que eu acredite que vai se tornar um homem? Que meu amigo cresceu?---Arthur zombou.---Não meu amigo isso quer dizer que hoje terei a gostosa mais difícil que encontrei, vou passar um tempo noivo e depois...---Que planos memoráveis! --- Ironizou o amigo.--- Sabe aquela gostosa difícil, a vendedora de produtos naturais da loja da esquina?---Sei, prossiga, mesmo sabendo que não vou querer ouvir...---Mulherzinha difícil, só casando, vou ver se noivo já podemos entrar em acordo, vou tentar, mas estou me cansando...---Quero ser o padrinho...---Vira essa boca pra lá, prefiro terminar--- Pegou a caixa de cima da mesa---E se a garota realmente gostar de você? ---Lúcio guardou a caixinha no bolso interno do terno, revirou os olhos---Que culpa tenho de ser gostoso?--- falou convencido---Cuidado ela pode ser irmã de alguém maior que você ---Arthur sabia que Lúcio era um fiel amigo e um homem galinha, pra ele mulher era apenas prazer e nada mais, era divertido ver o desespero que tinha de se ver casado---Vovó não começa, tenho uma sereia pra fisgar...---Acho que você é que será fisgado, garanhão. ---Ficou rindo mesmo depois da saída de Lúcio,A brincadeira sobre irmãos maiores o fez lembrar-se da sua irmã Lana. Tirou da gaveta a fotografia amarelada com o tempo, nela estava um rapazinho e uma menina, ele de forma protetora estava atrás da garota que chegava a altura do seu queixo, estava com uma mão no ombro da irmã de forma protetora, a garotinha sorridente deixava ver a famosa janelinha própria da idade, o narizinho arrebitado salpicado de sardas, o cabelo castanho avermelhado esvoaçando, já dava mostras da linda mulher que se tornaria, fazia três anos que não mantinha contato com a irmã, sua única parenta viva.SÉCULO XIX (FRANÇA)Le Condesse Marie Adelaide Célerie agora destituída de seu titulo, procurada por traição, grávida de um capitão inglês, sofria em silêncio as dores do parto iminente, escondida em um barco de pescas, rodeada de barris m*l cheirosos, mordia o lábio com intensidade, a bolsa havia estourado as dores lacerantes acomodando a passagem para a nova vida que nascia, lágrimas escorriam, era alta madrugada, o cais já adormecera, era hora do seu amado chegar, ela iria para um navio clandestino que estava em alto mar, iria para a Inglaterra ficar com a família de j**k até que ele pudesse retornar, assumiria uma identidade falsa, um recomeço longe daquele pesadelo.Capitão j**k, irmão mais novo do duque de Wessex conseguiu mesmo ferido despistar outros que vinham em seu encalço, para encontrar-se com sua flor francesa, despedir-se saber que conseguiu fugir--- Apeou do cavalo o escondeu num barracão respirou fundo, sentia-se zonzo, mas era forte, tinha que ser, tirou a mão da ferida o liquido viscoso cada vez mais abundante, o seu tempo estava acabando.Há momentos que nada sabemos, apenas temos a certeza que precisamos agir. Marie sentia que algo ia errado, muito errado, j**k estava atrasado o bebê nasceu, exausta trêmula, acostumada a ajudar no parto das garotas do bordel onde se escondeu por um ano inteiro, com uma faquinha esquecida por algum pescador cortou o cordão umbilical enrolou o pequeno ser no seu xale, deu o peito para a criança, as dores continuavam, o sangue quente fluido ainda seguia se esvaindo do seu exausto corpo, estava morrendo.---Só mais um pouco, Senhor, por favor! --- Acariciou o rostinho da sua princesinha, obrigando-se a não sucumbir até que colocasse as crianças nos braços do amado, precisava vê-lo uma vez mais apenas, as lágrimas corriam suaves e resignadas no belo rosto pálido e exausto. Lembrou-se do amante, o conheceu num momento dos mais humilhantes, sua honra tinha se rendido a fome e o frio, pediu abrigo com nome falso ao dono de um prostíbulo, o capitão seria seu primeiro cliente, seu primeiro homem de muitos, mas foi só ele, apaixonaram-se o capitão infiltrado no país inimigo e a p********a sem nome e sem família, mais uma vez fugiu viveram seu idílio amoroso, até que j**k próximo de acabar sua missão resolveu tira-la do país o quanto antes, ele estava preocupado com a missão parece que teriam um traidor estava próximo de descobrir.DIAS ATUAIS (LANA)Existem situações na vida que a morte fica atraente e parece ser o mais doce e puro repouso.Seus s***s cheios de leite doíam, seu coração doía, sua alma em agonia, em um instante perdeu tudo, Lana não tinha mais forças para chorar, viver ou sentir. Sozinha na mansão hipotecada contemplava com dor o quarto infantil decorado com esmero, como podia estar tudo no lugar? Os desenhos de fadas nas paredes, o berço, os móveis de cores suaves, o móbile musical acima do berço cheio de macios travesseiros em forma de coração, com reverência saudosa se aproximou tocando o móbile fez com que a suave música de ninar ecoasse no recinto vazio, vazio como sua alma, seu coração, pegou o delicado travesseiro e inspirou o doce perfume do seu bebê, as lágrimas de desespero, o pranto, o gemido de dor brotou do seu dolorido interior como se fosse o primeiro, seus gemidos misturaram-se com a impessoal e alheia canção.EM UM LUGAR ALÉM DO TEMPO (Mundo Druida)- Rana e RunaDebaixo de carvalhos centenários, duas belas criaturas femininas tão parecidas e ao mesmo tempo tão diferentes em suas peculiaridades de rara beleza uma de cabelos loiros como ouro sob o sol e olhos tão claros como o azul do céu ao meio dia, outra de cabelos cor de cobre envelhecido e olhos de um verde tão profundo como a esmeralda mais rara, irmãs Druidas que acabavam de chegar do banquete da idade, uma cerimônia para preservar a imortalidade do seu povo tão especial que só era comemorado a cada cem anos do tempo dos humanos, já há cinco séculos sem a terceira irmã que caíra no erro de amar a um reles mortal, infringiu as regras Danam recebeu o castigo peculiar dos novos reis, os mundos Danam estava em desequilíbrio os antigos anciãos foram substituídos pela corte do novo e ambicioso rei, Mas era outra história havia uma forma de quebrar a maldição da irmã.---Rana amaldiçoasses o m****o do humano?--- Runa a loira não acreditava às vezes na ousadia de sua irmã, pelo Grande Carvalho qualquer dia desses, ela viraria uma... Passaria para fora dos limites da luz.---Never? Nada! acho que combinou---Falou sorridente,ao ver a reprovação no semblante da irmã,perguntou---O que queria? Fizestes-me ficar confinada em forma humana, sob o domínio daquele... --- Runa ainda tem vontades de voltar e destruir o humano, presa em forma humana para dar uma identidade a uma das descendentes do tempo, o i****a cria que poderia tê-la, jamais, Runa enquanto estava em sua forma humana, quase sentiu afinidade pela criada, uma garota gentil...---Cale-se quer que nos ouçam?!--- Rana cortou.
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