Dias de hoje
Mais uma vez levantei ofegante, minha respiração entrecortada meu rosto suado e molhado pelas lágrimas, minhas mãos tremiam e eu queria apenas me esconder e chorar. a dor que sentia me fazia sentir como se meu peito fosse explodir, como se algo em mim estivesse morrido ao acordar. Olhei pela janela e vi que o sol ainda estava nascendo. focar no sol nascendo e a lua sumindo, sempre me ajudava a perceber onde estava. eu estava acordada, não era um sonho. eu estava aqui, agora. Suspirei passando a mão no rosto e olhando para a cômoda ao lado da cama, o relógio marcava 05:00 da manhã.
Me levantei com dificuldade e fui ao banheiro, enchi a banheira com água quente e sais de banho. Graças a Deus minha banheira é grande, quase podia nadar lá dentro. Depois de tirar minha roupa eu entrei, fechei os olhos e me encostei confortavelmente, deixando meu corpo relaxar com a água. Logo as memórias do meu pesadelo voltaram à tona; os gritos, o fogo, os uivos, o sangue. o cheiro de carne queimada.
Por que esses sonhos me perseguem? Por que não posso ter uma noite de sono normal, com pesadelos normais que uma garota de 17 anos tem? Minha melhor amiga tem, sonhos melosos . sonhos suados e molhados
- AKEYLLAAAAAAA ACORDA!
Emma gritava do andar de baixo tentando me acordar como sempre, m*l sabendo ela que eu já estava acordada há muito tempo. Respiro fundo e mergulhei completamente na banheira com meus olhos fechados, da escuridão que se envolvia à minha volta logo surgiu um par de olhos verdes, olhos tão profundo e tristes...
Me sentei de uma vez quando o ar escapou de meus pulmões, suspirando terminei meu banho e fiquei de frente para o espelho.
Posso dizer que não sou f**a, tenho longos cabelos loiros, lisos no começo e ondulados nas pontas, minha pele é clara e levemente bronzeada, meus olhos são de um verde claro que às vezes durante a noite parece brilhar. Não sou baixinha nem gorda, mas também não sou magra e esquelética, tenho curvas. Posso até dizer que sou sexy, mas as noites que tenho pesadelos, as que não durmo e que me atormentam a cada hora... São nesses dias que meu rosto fica pálido e ressecado e meus olhos sem brilho, fora as olheiras que me deixam igual a um panda, fico apresentável.
De m*l humor e com muita preguiça, sai do meu quarto e desço as escadas indo para cozinha, ao chegar vejo Emma, a governanta da casa, de costas com sua roupa de impregnada, um vestido Preto que ia até o joelho e mangas que quase chegava no cotovelo e um avental Branco na frente com babados. roupa h******l, mas nela ficava bonito, tudo em Emma ficava lindo. A abracei por trás e a mesma riu, Emma também tinha olhos verdes e cabelos loiros, só que os dela era loiro como o sol e completamente liso e o meu era ondulado e mas claro. Ela era mais alta que eu e parecia ter uns 30 anos no máximo, era quase uma modelo de tão linda, mais a vida de tanto trabalho e preocupação a deixou um pouco mais velha e com marcas em seu rosto.
- Vejo que minha menina acordou de bom humor - ela riu revelando uma fileira de dentes brancos e imaculados, A soltei e fui paro outro lado da mesa de mármore Preto, apoiei a cabeça em meu braço e a fiquei olhando.
- O que achas? - a olhei arqueando uma sobrancelha
- Já vi que não - Ela riu e pegou uma tigela de frutas picadas com leite condensado por cima - Para você Parva - Sorri, dês de que me entendo por gente ela me chama de Parva.... Ate nos meus sonhos...
- Daqui a 15 minutos Maria vai descer para te levar paro o Colégio, E o primeiro dia do seu ultimo ano.
- Grandes merdas - Joguei um pedaço de manga na boca.
- Olha a boca Akey - Emma me repreendeu e simplesmente dei de ombros - Akey por favor.
- Ela não gosta de mim Emma, ela só me usa, sou apenas seu projeto de caridade, para ela jogar na cara de todos que é caridosa e aceita crianças órfãs, sou só isso, um objeto.
- Ela te criou Akeylla.
- Você ME CRIOU - Gritei, Não aguentava mais isso, me doía ouvir ela falar bem de Maria - Você Emma, para mim, você sempre será minha mãe.
Contorno a mesa e a abracei, Emma me criou, leu pra mim dormir, me abraçou quando precisei, me apoiou quando chorei.
- Parva... - senti suas mãos em meus cabelos os acariciando e seus braços me abraçando.
- Akeylla, vamos - Maria apareceu na porta - Agora.
Olhei Emma e beijei sua Bochecha e segui Maria, algum tempo depois ela parou na frente da escola fênix.
Sabe por que Se chama assim? Já tentaram demoli essa m***a umas 5 vezes e nunca conseguem. A desgraça sempre volta.
- Akeyla irei viajar - Ela falou me fitando com aqueles grandes olhos azuis - Vou te deixar sobre os cuidados de Emma por tempo indeterminado, se comporte.
- Ok, algo a mais?
- Quando eu voltar vou precisar de você, Vai ter um jantar importante com um futuro sócio.
- Já entendi Maria, agora poderia me dar licença ? - Abri a porta e sai.
O vento frio me atingiu me fazendo cruzar os braços, todos os alunos já estava entrando na grande estrutura de 4 andares que era.
Olhei pra eles, todos bem vestidos, todos playboys e patricinhas, mais algo me chamou atenção, um garoto, por um minuto tive certeza que havia visto um garoto parado, com um rosto sério e roupas simples me olhando, mas foi apenas eu piscar e ele sumiu. Olhei novamente para a multidão que entrava na escola mais não o vi novamente, avancei para a multidão o procurando mas um grito me fez parar.
- AKEY - Carol minha melhor amiga, pulou em minhas costas me fazendo ri e segurar em suas pernas a carregar para dentro - meu cavalinho favorito - Rio ela.
- Me chama de cavalinho de novo e te jogo no chão - a ameacei enquanto andava.
Rimos e corri pelos corredores procurando nossa sala, Carol era minha melhor amiga dês da primeira série quando mordi um garoto que jogou o caderno dela no chão.
Depois disso ela não me largou mais, viramos melhores a amigas, do tipo que faz trancinhas no cabelo uma da outra ou que diz a Maria que estou com cólica, quando na verdade estou bêbada. nossa amizade ficou mas forte ainda quando descobri que ela era órfã também, Carol havia ganhado uma bolça esportiva para estudar lá. melhores amigas para sempre.
- Upa cavalinho, achamos a sala o - Ela apontou a uma sala a minha esquerda.
- Eu avisei - fingi que ia jogar ela no chão, mas me encostei na parede e deixei seu corpo escorregar por ela, seu corpo escorreu na parede rindo - nada de cavalinho pra você mocinha.
Soltei suas pernas e a olhei, ela vestia uma lindo short de cós alto e uma blusa branca colada, Carol era uma mulher linda, e alta com cabelos cor de chocolate amargo e a pele morena, tem olhos escuros e muitas curvas que faz qualquer marmanjo se curvar a ela.
Carol pegou minha mão e entramos na sala juntas, todos os olhares miraram na gente e não acredito que foi por minha causa, creio que minha calça pijama ou minha camiseta solta preta não chame tanta atenção assim. andei com ela até o canto do outro lado da parede e sentamos perto da janela, era o melhor lugar pra se ver os atletas da escola, o lugar favorito de Carol.
- Akey - Carol sussurrou atrás de mim.
- Carol, não tem professor na sala, não precisa sussurrar - rio me virando para trás.
- Quem disse? - olhei Carol estranhando, ela apontou pra um homem jovem, alto e forte, não parecia ser mas velho do que eu. ele era dono dos lábios mas lindos que eu já havia visto na vida. - esse e o professor.
O homem seguiu até o a mesa que ficava no Centro da sala e nos olhou sorrindo, juro que meu coração perdeu o compasso e a única coisa que consegui pensar foi.
"d***a"
- Bom dia Crianças, Eu sou Lucian, seu novo professor, e espero que possamos nos tornar bons amigos.