Após a escola, cheguei em casa eufórica e contei a Emma a novidade do meu primeiro dia, porem sua reação não foi a que eu esperava, seu rosto virou uma mascara indecifrável e ela ficou em silencio, um profundo e tortuoso silencio.
- Como e o nome de seu professor Parva? - Ele perguntou de forma. cautelosa.
- Lucian!
- O nome todo Akeylla - sua voz havia ficado apreensiva e com uma urgência estranha e irracional - menina fale.
- Eu não sei, ele não falou eu acho - olhei fundo nos olhos dela, ela estava com sua desengonçada roupa de empregada novamente. - por que esse desespero todo Emma? - seu olhar se suavizou
- Minha pequena, qualquer velho professor que queira levar minha menina preciosa para o meio do mato merece meu completo desespero pequenina - ela sorriu e eu retribui o afeto estampado em seu rosto.
No dia seguinte, quando eu estava na aula do professor Lucian, fui pega me surpreendendo em como ele podia ser elegante e ao mesmo tempo interessante, pois quando um professor tem tal beleza, eu não consigo presta atenção em nada que sai da boca dele, só como ela se mexe, fiquei dividida entre ver a turma de atletas suados correndo embaixo de minha janela e ouvir os planos dele para nossas aulas em campo.
Foi quando aconteceu, durou um milésimo de segundo, eu vi meu professor de estudos humanos sem camiseta com o peitoral definido e suado, seus cabelos solto em volta de seus ombros, uma tanga de pele que ficava um pouco acima do joelho suja de sangue, seus olhos ferozes como o de um animal selvagem teria me matado do coração, suas mãos tinham uma grande lança, mãos essa que estavam coberta de sangue. Quando pisquei, o velho professor elegante estava enfrente a minha cadeira muito muito muito próximo mesmo do meu rosto, joguei-me para trás e minha cadeira quase virou mas duas enormes mãos cor de bronze a seguraram. Ele a segurar. Ele estava olhando pra mim fixamente, seus lábios se mexiam, seu olhar era meio preocupado meio divertido, quando finalmente sai do meu transe e juro que foi a primeira vez que entrei em um que me manteve com uma cara de idiota
- Perdão o que o senhor disse - falei desorientada ainda me inclinando para trás, ele continuava perto de mais.
- Que minha aula acabo e você pode ir paro o refeitório antes de suas próximas aulas começarem.
- Céus, já acabou? fiquei tão perdida em pensamentos - tentei levantar mas ele estava em minha frente inclinado em minha direção e quase que nossos lábios se tocam, meu rosto corou violentamente com a ideia de beija-lo e mas ainda ao lembra de minha visão do paraíso sangrento, quer dizer De meu professor seminu e ensanguentado. - Professor... o senhor...
- Não se preocupe criança - ele olhou-me e sorriu - você não e a primeira adolescente a ficar atraída por mim, não se sinta envergonhada isso e normal você vai se acostumar. - seu rosto se aproximou um pouco mais do meu e ele sorriu
Meu queixo caiu, como aquele homem poderia supor que eu..... mas eu estava, ....mas ele não pode.... esquece. d***a.
- O que faz você supor que estou atraída por você? - olhei ele furiosamente.
- simples, o seu olhar perdido em minha direção, seu coração disparado, suas mãos suadas, você mordeu o lábio inferior e sua respiração descompassada. Quer mas ?
- faça-me o favor neh, Deixe-me sair daqui antes que o teto desabe sobre nossas cabeças por que seu ego não vai caber aqui dentro de tão grande que e.
- A e ? - o empurrei e me levantei, Ia saindo mais ele me segurou com força e me puxou fazendo meu corpo bater contra o seu, olhei para ele furiosa. - viu pequenina.
- Solte-me agora - Quase gritei, me sentia enojada e revoltada e principalmente envergonhada por tudo, por seu toque seu cheiro de grama, suas mãos quentes, eu não estava aguentando, eu queria que ele me soltasse, eu precisava que ele me soltasse, sentia minha respiração descompassada e meu rosto queimar, quando percebi havia gritado um "Agora". Ele soltou-me de uma vez e recuou, seu rosto demonstrava espanto e surpresa, percebi que ele me soltou a contra gosto, provavelmente com medo que eu o denunciasse.
- Algum problema aqui? - um rapaz estava encostado no batente da porta encarando o professor, era alto de olhos verdes e cabelos louros, tinha um semblante serio e ameaçador, Lucian se endireitou fechando as mãos em punho enquanto olhavam um para o outro, o clima havia ficado assustador, pareciam que iam pular um no pescoço do outro, aquilo tudo era enlouquecedor, estava tirando meu ar, tudo estava girando, era sufocante, a pressão era apavorante. eu só queria ir embora só queria correr só queria sumir.
- f**a-se - sai quase correndo, o rapaz estava na porta me olhou e sorriu, apenas rosnei para ele e o empurrei e sai, esses dois que se fodessem, se matassem se era o que queriam, então apenas segui sem olhar pro rapaz ou para meu professor, mas senti grandes orbitas verdes água me encarando e tenho certeza que aqueles olhos me seguiram ate o fim do corredor e depois, corri, corri ate chega em minha casa, o ar cortante da noite não me incomodou, na verdade, senti uma liberdade que jamais imaginei, por mim eu correria para sempre, mas então vi a porta de minha casa, e a sensação de esta sendo sufocada voltou.
- Akeylla, aconteceu algo ? - Emma desceu as escadas me olhando preocupada, seus olhos verdes emitindo uma compaixão que partia meu coração.
- Só tive um longo dia, passei m*l e não pude ficar para o resto das aulas, quero deitar tudo bem - antes dela responder, subi correndo as escadas ate chegar em meu quarto e tranquei a porta, fui para o banheiro e liguei a torneira da banheira, queria me esconder, não sabia o motivo mas sentia que precisava fugir e me esconder, era quase instintivo.