Angelo carregava Calíope nos braços com uma naturalidade que surpreendia a todos que passavam pelo campus. O sol da tarde iluminava o caminho de pedras que levava ao dormitório, e os olhares curiosos dos estudantes não passavam despercebidos. Calíope, embora envergonhada, não podia negar que se sentia segura nos braços dele. O pé imobilizado pela tala do hospital doía menos quando ela se concentrava no calor do corpo de Angelo e no ritmo constante de seus passos. — Você não precisa me carregar o tempo todo, Angelo — ela disse, tentando disfarçar o constrangimento. — Eu posso tentar andar com as muletas. Ele olhou para ela com um sorriso irônico, como se a ideia fosse absurda. — E arriscar você cair de novo? Não, obrigado. Além disso, você é leve como uma pena. Não é nenhum esforço. Cal

