NORA Sopro o chocolate quente, fingindo está concentrada no líquido quando, na verdade, observo os músculos das costas de José Luiz contraírem conforme os movimentos dos seus braços. Ele corta a verdura como se já tivesse feito isso mil vezes, eu até me obrigo a piscar em determinado momento. Ele se vira, ergue uma sobrancelha e mostra um pedaço de tomate. — Abra. —Diz, forçando a a******a dos meus lábios. — Não, obrigado. — Sibilo. Um sorriso surge em seus lábios e sei que minha resposta acabou de trazer o mopararo pra fora. Afasto sua mão e faço careta. — Não? — Ele diz e posso sentir a malícia em seu tom. — Doce e salgado não combina, Zé. — Levanto a xícara com achocolatado ainda pela metade. — Você fica com a alimentação saudável e eu com as coisas gostosas. — Brinco e seus olho

