Nem sei direito como fui parar ali, na cama dos meus pais, deitada igual uma criança de sete anos. Estilo família comercial de margarina, só que com um leve gosto de ressaca moral e emocional. Acordei com o dia clareando, virei devagarinho pro lado e vi minha mãe, do lado dela meu pai roncando baixo, uma perna e um braço por cima da minha mãe. Típico. Me levantei com cuidado, quase uma ninja treinada pelo sono alheio. Ele se mexeu, mas não acordou. Ufa. Fui andando na pontinha dos pés até o quarto que eu supostamente ia dividir com o Herus. Minha mala estava lá, e eu tava vestida com o roupão da minha mãe — de tecido quente demais pro calor que fazia ali. Abri a porta com o maior cuidado do mundo… E lá estava ele. Herus. Dormindo só de cueca. Ainda bem que tava de bruços. Suspirei alivi

