Não temos um pai qualquer?

Episódio 11

O vendedor pegou um pote para mim. Eu coloquei na bolsa e sai rapidamente.

Após sair da farmácia, eu peguei um táxi até o Night Charm e procurei o Gigolô Devedor. Eu fui direto para o lugar privado onde nos encontramos no dia anterior.

— Certamente, ele vai estar lá.

Como sempre, o seu rosto estava escondido atrás daquela misteriosa máscara. Vestido de preto, ele adotou uma postura altiva. Encostou-se no sofá e tomou um gole da sua bebida, emanando uma aura insuportável, arrogante e inatingível.

— Tss, tss, tss. Veja essa atitude. Não estou surpresa que ninguém tenha escolhido você. Eu o repreendi assim que entrei na sala.

— Essas mulheres ricas vêm aqui em busca de prazer, não para ficar à mercê de um masoquista. Quem você acha que vai seduzir com essa cara m*al-humorada?

— Bem, é pegar ou largar! Ele balançou o copo na sua mão e continuou bebendo a sua bebida.

— Como você pode ter sucesso se comportando dessa maneira?

Eu não pude deixar de ficar nervosa. — Você tem que pensar grande e esforce-se para conseguir uma vida melhor para você!

— Até um gigolô precisa pensar grande? Não sabia! Ele questionou.

— Claro. Os gigolôs mesmo vivendo dessa maneira, precisam pensar numa vida depois. Ou você acha que vai ficar interessante a ponto das mulheres pagarem para ter a sua companhia para sempre? Eu continuei a educá-lo seriamente. — Nesse momento se o seu desempenho é bom, você pode se tornar o melhor gigolô daqui. Outros podem ganhar apenas dez mil por noite, mas você ganhará cem mil. Quando isso acontecer, você poderá se aposentar depois de apenas dois anos. Você tem que aproveitar ao máximo a sua juventude nesta linha de trabalho. Se você não trabalhar duro agora, como irá progredir quando você for velho?

— Tem sentido! Ele assentiu.

— Então você tem que trabalhar duro para melhorar o seu desempenho. Eu tirei o frasco do suplemento da bolsa. — Aqui, eu comprei para você. Pegue e consiga uma ótima cliente esta noite...

— Não há necessidade disso. O meu desempenho se*xual é muito bom. Dante olhou para a garrafa e os seus lábios se curvaram num sorriso perverso. — Você não experimentou isso em primeira mão?

— Bem, costumava ser bom, mas depois de fazer isso por tantos anos, talvez você tenha alguns problemas agora, certo? Eu olhei para ele com pena nos olhos. — Tudo um dia acaba ficando... O meu olhar descansou na virilha dele e eu soltei um suspiro.

Ele estreitou os olhos perigosamente e levantou rapidamente e antes que eu percebesse estava na minha frente. Ele beliscou o meu queixo e fez com que eu levantasse a minha cabeça e olhasse ele nos olhos.

— Você duvida das minhas habilidades?

Os seus olhos brilhavam com uma espécie de domínio inato, fazendo com que o meu coração acelerasse nervosamente por algum motivo.

Eu me afastei um pouco e mantive distância dele.

— Só estou preocupada com a sua condição física. Eu até comprei alguns suplementos para você. Você deveria recompensar o meu esforço...

— Como você quer que eu te pague? Ele aproximou-se abruptamente de mim e exalava uma aura perigosa, parecida com a de um homem selvagem perseguindo a sua presa.

— Bem, é claro, ganhando mais dinheiro e pagando as suas dívidas mais cedo. A minha mente estava um caos, e nervosa eu comecei a gaguejar: e também... Eu apontei para a garrafa cara de vinho tinto que estava em cima da mesa, tentando dissipar a tensão se*xual que estava no ambiente.

— Não gaste muito! Isso é muito caro para um gigolô pagar.

— Uma cliente pagou por isso. Ele respondeu com indiferença.

— Oh, agora entendo. Isso faz mais sentido. Eu fiquei pensando como você poderia comprar uma garrafa de vinho tão cara. Eu continuei me afastando.

— Essa cliente pediu para sair com você?

— Eu rejeitei. Dante zombou dela: ela tinha, duzentos quilos. Sou muito jovem para morrer na cama.

Uma risada escapou dos meus lábios com isso, e eu estendi a mão para apertar o braço dele.

— Você é forte e cheio de músculos. É impossível você morrer assim, fácil.

Ele me agarrou a minha mão e me puxou para os seus braços.

— Por que você não me testa primeiro?

— Não... Eu não posso negar que fiquei muito atordoada. E isso me fez soltar palavras meio incoerentes. — Não tente nada estranho! Se você me tocar, eu vou denunciá-lo.

— Vá em frente… Ele mordeu o lóbulo da minha orelha suavemente, que enviou uma onda de eletricidade por todo o meu corpo, fazendo com que eu sentisse um formigamento por todo o corpo. — Se me despedirem, não terei dinheiro para te pagar!

— Você... Eu não conseguia formular uma resposta para refutá-lo.

Os lábios dele desceram antes de roçar levemente um beijo na minha clavícula. Então, ele abriu o botão da minha camisa entre os

dentes e acariciou o meu pé*ito tentadoramente.

— Não… Eu lutei contra ele em pânico, mas não consegui me libertar do seu aperto, não importando o quanto eu tentasse.

— Você é muito sensível...

— Estou cansada dos mesmos companheiros. Você não tem nenhum novo?

— Eu quero o melhor da Night Charm. O melhor dos melhores.

— Isso, exatamente isso. Queremos o melhor que você tem aqui. Podemos pagar.

Com isso, a porta se abriu e três mulheres ricas com figuras rechonchudas que cheiravam a álcool invadiu a sala e ficaram surpresas ao ver os dois ali.

— Ei? Onde estão os dezoito companheiros que solicitamos?

— Por que está tão quieto aqui? Estamos na sala errada?

— Vocês pegaram o caminho errado senhoras, parem agora.

Eu aproveitei toda a confusão e levantei do sofá ajeitando a minha roupa de costas para a porta.

— Ei! Tem um aqui! As três mulheres viram o gigolô devedor e reuniram-se em torno dele com entusiasmo, despindo-o com o seu olhar.

— O seu corpo e aparência são de primeira qualidade! Está completamente num nível diferente em comparação com os chatos que existem por aí!

— Dominante e implacável. Exatamente o que o médico receitou!

— Ei, lindo, você também é companheiro aqui, certo? Diz o seu preço. Nós temos o dinheiro.

Ele bebeu a sua bebida e não olhou para elas, o seu temperamento frio e dominador parecia fazer com que as três mulheres o quisessem ainda mais.

Percebendo isso, eu pensei no quanto ele ganharia e provoquei propositalmente os três.

— Você sabe o quê parece? Parece que vocês, nem sequer têm o suficiente para uma bebida aqui.

— De onde veio essa pirralha? Como você ousa falar conosco dessa maneira. As mulheres lançaram olhares hostis para mim. — Você não sabe quem somos?

— Eu não dou a mínima para quem vocês são. Eu agarrei o braço do gigolô devedor e avisei: eu vi primeiro!

As sobrancelhas dele ergueram-se um pouco enquanto a estudava atentamente o que eu estava fazendo.

Uma das mulheres tirou um maço de notas da bolsa e jogou em cima da mesa.

— Garotinha, há muitos companheiros por aí. Este dinheiro é mais do que suficiente para você contratar pelo menos sete deles.

Deixe-nos com este!

— Não! Eu inclinei o queixo de dele e apertei os meus lábios contra os dele, então, eu coloquei os braços em volta dele e disse. — Hoje gastei cem mil só para ter esse lendário deus gigolô para mim. Eu não vou dar isso a ninguém. Saiam daqui! Agora, vamos.

As sobrancelhas dele subiram até a linha do cabelo.

— Deus gigolô? É sério? Existe algum motivo especial para ele ser chamado assim?