Deu merda

1383 Palavras
Farias Não vou mentir, aquele pagodinho tava bom pra porr@. Whisky descia liso, o clima tava leve, o povo feliz… e a Gabriela ali do meu lado, sorrindo, arrumada, cheirosa. Eu até acreditei que a gente tava entrando numa fase diferente. Melhor. Mas o problema sou eu, não presto nesse caralh0 e isso já tá mais que claro! Quando ela foi pra perto das amigas, eu até deixei. Ela tava se divertindo, dançando, rindo. A Gabriela merecia aquilo. Eu fiquei com os cara, trocando ideia, bebendo. Só que quanto mais o copo enchia, mais minha cabeça esvaziava. Foi aí que a Jasmim colou. Chegou rebolando, rindo, falando besteira no ouvido de todo mundo. Essa filha da put@ sabe o que faz. Olhou pra mim com aquele sorrisinho safado de canto de boca… A p***a da mulher é quente. Sempre foi, é piranh@ e sabe muito bem se comportar como tal. - Sumiu hein._ ela falou me comendo com os olhos. - É tu que anda se escondendo, né? _ respondi no modo automático. Ela se abaixa para falar perto do meu ouvido, encostou o peito no meu braço, fazendo charme. - Tava com saudade do Farias, o bandidão. - Tu é louca, Jasmim. - Louca pelo que é bom. Rimos. Eu devia ter parado por aí. Devia ter lembrado da Gabriela, de tudo, que eu tava tentando dar uma trégua, Mas não. Eu gostei do ego inflado, do olhar dela me comendo ali na frente dos cria. A bebida falou mais alto. O p@u falou mais alto. E a consciência... ficou muda. Se é que alguma vez eu já tive alguma consciência nessa porr@! - Vai dar um rolê não, dar um volta, fumar um baseado? _ela pergunto já insinuando de uma forma não tão descarada o que ela queria. - Não sei... talvez. - Quer uma companhia? Olhei em volta. O bar lotado, o povo no meio da rua. Ninguém prestando atenção. A merda é que eu quis. Mesmo sabendo que podia dar r**m. - Vem comigo então. Tô te esperando no meu carro. - Agora? - Agora!! Saí pela lateral do bar sem fazer alarde. Saí primeiro e mandei ela vim atrás sem chamar atenção. O meu carro tava perto, eu tava de carro mesmo então não ia dar muita bandeira, não que eu ligue pra isso, nunca liguei faço minha porr@ sem me importar com nada, acontece que dessa vez é não queria que a Gabriela ficasse sabendo, pelo menos pra manter as coisas como estão. Já perto do meu carro ela chegou me agarrando, eu tava na onda também, o álcool na mente me pedindo putari@ sem ideia. - Entra, aqui não, alguém pode ver. - Alguém quem ? tá falando da sua mulherzinha? desde quando tu se importa se ela vai ficar sabendo ou não? - TU QUER OU NÃO CARALH0? PARA DE MUITA CONVERSA E ENTRA NESSA PPRR@._ Rapidinho ela se Cala e entra no carro, entrei e dei partida, o Bagulho é que é queria comer essa piranh@ logo, porém não em qualquer lugar porque aqui até as paredes tem olhos, não quero que chegue no ouvido da Gabriela. Aí o d***o que ama uma desgraça me fez ir pra minha casa, pra porr@ da nossa casa, sem raciocínio nenhum também nesse caralh0, a porr@ desse p@u falando mais alto. Cheguei na minha goma, entrei com o carro, o Bagulho é que eu ia fazer a parada, depois saia sem ninguém ver, sem ninguém saber, minhas crias não estavam em casa, estavam com a babá, então já foi, vai ser aqui mermo mané. Assim que a porta fechou, ela me empurrou no sofá, suspendendo o vestido. Ela veio sentando por cima, puxando minha corrente, mordendo meu pescoço, dizendo coisas sujas no meu ouvido. - Tu é safado Farias... sempre foi. - Cala a boca, desgraçad@._ murmurei. Tirei ela de cima de mim, botei a cachorra de quatro, meti a camisinha no p@u e aí já era. Já tava dentro. Já tava errado. Já tava fudid0. (...) Já tinha um tempinho ali fudend0 a Jasmim, dessa vez ela tava por cima fazendo o trabalho dela. - QUE PORR@ É ESSA?!_ Fudeu caralh0. Puta que pariu. O sangue gelou, minha alma desceu rolando a ladeira da Rocinha. A Gabriela entrou igual um caveirão arregaçando tudo no caminho. - DESGRAÇAD0! FILH0 DUMA PUT@! VOCÊ TÁ COMENDO ESSA PIRANH@ AQUI NA NOSSA SALA?! NA p***a DA NOSSA CASA, FARIAS?! Jasmim voou do meu colo com o vestido enrolado na cintura, tropeçando igual uma mula bêbada. E eu ali, de p*u quase duro ainda, sem nem saber por onde começar. - Gaby, calma aí, porra... vamo trocar um ideia, tu tá no veneno, caralh0!_ Chega falei manso, eu tava na lombra, bebi tanto nesse caralh0 que parece que o álcool veio fazer efeito agora. - TROCAR IDEIA?! TU VAI TOMAR NO TEU CU, SEU CUZÃO! EU SOU TUA MULHER, FARIAS! EU TAVA LÁ, TE DANDO MORAL, ME PERMITINDO! TU TÁ ACHANDO QUE EU SOU O QUÊ? UMA OTÁRIA, É? - Namoral tu tá gritando à toa, foi um bagulho que rolou, eu bebi demais, nem pensei direito, porr@! _ falei já tentando levantar as calça, todo torto, mas ela veio pra cima. - SEU ESCROTO! TU TÁ FUDEND0 ESSA VAGABUND@, p***a! TU DEIXOU EU LÁ COM AS MENINAS PRA ENFIAR TEU p*u SUJO NELA! Ela me deu um empurrão que me jogou contra o sofá. Quando tentei segurar ela pra acalmar... - NÃO ENCOSTA EM MIM, SEU MERDA! NÃO ENCOSTA! TU É UM VERME, FARIAS! UM LIXO! - Aí, p***a! Baixa a bola! tu tá se exaltando! tu sabe como eu sou, porr@, o bagulho foi na emoção! Tu sabe como eu fico quando bebo, caralh0! - TU SEMPRE ARRUMA UMA DESCULPA PRA SER UM FILH0 DA PUT@, NÉ?! _ ela gritou, com os olhos cheios d’água, mas a voz firme, rasgando. - Calma caralh0, calma! - CALMA?! TU ME DEIXA FICAR COM AS MENINAS, ME DEIXA NO PAGODE, E VEM ENFIAR O P@U NESSA v***a DENTRO DA NOSSA CASA?! TU TEM NOÇÃO DO QUE TU FEZ, SEU COVARDE?! - Gaby, escuta. - NÃO ME CHAMA DE GABY, SEU LIXO! - Eu bebi, caralh0! Eu tava fora de mim! Tu sabe como eu fico! - Ah, agora a culpa é da bebida? Tu vai botar a pic@ dentro da vagabunda e jogar a culpa na porr@ do copo?! Tu é um bosta, Farias! UM BOSTA! Eu sou uma i****a que achei que tu ia mudar! - Não é isso caralh0, é..._ Ela me corta, tava put@ pra um caralh0. - TU NÃO PRESTA, CUZÃO! TU PODE SE ARRUMAR TODO, USAR PERFUME, PUXAR CADEIRA PRA MIM, MAS NO FUNDO TU CONTINUA SENDO UM CANALHA QUE FODE QUALQUER r**o QUE PASSA NA TUA FRENTE! - Vamos conversar na namoralzinha Gabriela._ Ela veio pra cima de mim socando meu peito, segurei seu braço e acabei empurrando ela que cambaleou pra trás. - CALMA AI CARALH0, SE ACALMA QUE TU VAI ACABAR PERDENDO A LINHA. - VAI ME BATER? ISSO NÃO É NOVIDADE, JA ESTOU ACOSTUMADA SEU FUDID0._ passei a mão no rosto, tava ficando nervoso nesse caralh0, eu não tenho paciência e a Gabriela tava perdendo a linha já. Ela foi com tudo pra cima de novo, dessa vez tentando bater na Jasmim, que recuou pro canto da parede, cobrindo o rosto. - SAI DAQUI, SUA VAGABUND@! SUA PUT@! EU TE ARREBENTO, SUA DEMONH@! TIRA ESSA TUA XERECA MOLE DA MINHA CASA! - GABRIELA, CHEGA! _ gritei, puxando ela com força de novo. - SOLTA! ME SOLTA PORR@! NÃO ENCOSTA EM MIM, SEU MERDA! _ ela gritou, se debatendo, com os olhos vermelhos de raiva, lágrimas caindo, mas o ódio era mais forte. Tentei segurar firme, tentar controlar, mas no meio do caos ela me empurrou, me encarou com um nojo que eu nunca tinha visto... E aí ela cuspiu na minha cara mané, cuspiu na minha cara pow. - TOMA ISSO, SEU ESCROTO. Antes que eu pudesse sequer reagir, um tapa estalou no lado do meu rosto, tão forte que minha cabeça virou. Fiquei parado. O silêncio da sala pareceu pesar toneladas. Meu sangue ferveu, os meus demônios que até então estavam presos vieram com tudo, se apossaram de mim, cedentos por sangue.
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