Capítulo 2

1013 Palavras
Meu despertador toca às 7 horas, acordo feliz, sempre tive o costume de acordar cedo, as férias com minha Nana na fazenda ajudaram nisso, ou melhor, as galinhas né. Mas mantenho uma frase comigo: – "Quanto mais cedo, mais aproveito." Me levantei, abri as cortinas, deixei o sol entrar no quarto, arrumei minha cama e fui direto para o banho, peguei meu celular coloquei na playlist aleatória. Alguns minutos depois e termino o banho. Coloco uma legging preta, blusa branca que vai até o início da minha coxa, calço um tênis vans preto, faço um r**o de cavalo, passo perfume, pego minha bolsa e estou pronta. Desço as escadas correndo, já eram 8:20, tomei meu café da manhã, subo para escovar meus dentes e encontro minha mãe sentada na minha cama. - Então, como estou? - Pergunto rodopiando pelo quarto igual uma criança com vestido rodado. - Está a mulher mais linda, não deixe sua irmã ouvir isso. - Já ouvi. - Vitória diz parando na porta do meu quarto. - Desculpa filha. - Minha mãe manda um beijo no ar. - Tanto faz - Vitória pigarreia e sai. - Eu preciso ir, precisa de algo? - Vim lhe entregar isso. – Ela põe uma caixa de veludo marrom quadrada em minhas mãos. - Achei que era só quando eu fizesse 21. - Na verdade é quando você se tornasse mulher, e lhe vendo assim, você realmente está uma mulher maravilhosa. - Obrigada, estou muito feliz e grata. Eu vou ter muito cuidado com ele, prometo. - Era o colar que minha nana deu a ela, e foi passado de mãe para a primeira filha. - Bom, já vou indo, não quero me atrasar. - Boa sorte filha. - Agradeci com um abraço e desci correndo. Pego um táxi e entrego o endereço ao motorista, em 10 minutos estava em frente à casa. Interfono e anuncio meu nome, permitem minha entrada e assim fui. É uma casa muito bonita com um enorme jardim e um caminho de pedras no meio que dava até a porta de entrada. Havia já uma senhora na porta a minha espera. - Laura - digo estendendo a mão para ela. - Ella, nos falamos pelo telefone, sou a governanta da casa, vamos. – Ella adentra a casa, eu a sigo e chagamos em uma saleta, nela tem uma mesa de vidro e uma cadeira de couro preto atrás e duas cadeiras de veludo marrom escuro na frente. - Pode sentar, querida- Aponta para uma das duas cadeiras sentando-se na cadeira a minha frente. - Então, idade? - 19. - Já cuidou de crianças antes? – A governanta pergunta enquanto faz anotações em um caderninho. - Eu cuidei da minha irmã quando era mais nova e eu amo muito crianças. - Bom, você não é o perfil ideal, mas estamos precisando urgente de uma babá como já havia lhe dito antes e você me parece uma boa garota, não me decepcione. Vamos, vou lhe explicar como que funciona a casa. - Ela sai pela casa me apresentando cada cômodo, a casa é grande seria fácil me perder aqui -Certo, entendi. - Digo anotando em minha cabeça tudo que eu deveria fazer, onde deveria ou não ir. - Você vai cuidar da pequena Madeline, ela tem 8 anos, é um doce de menina, mas é bastante reservada pelo fato de não ter seu pai sempre presente, entende? O senhor Suzart, trabalha muito, só está em casa finais de semana - O que ele faz? – Pergunto pretenciosa. - Ele é dono de uma empresa de modelos. – Ella responde rapidamente, enquanto coloca café em uma xicara verde musgo. - Interessante. Então quando vou conhecer a pequena? - Pequena? Levando em conta meu tamanho acho que a pequena sou eu. – Aparece um ser miúdo com os cabelos totalmente cacheados loiros, olhos verdes claros se esforçando para sentar na banqueta alta. - Uma pequena bem esperta por sinal. – Eu a ajudo e a ponho sentada. - Você é a babá mais linda que já trabalhou aqui. – A garotinha diz enquanto me analisa de cima a baixo. - Não sei se sou a mais bonita, mas prometo tentar ser a melhor. - Promete de mindinho? - Ela mostra o dedo mindinho para mim e eu cruzo com o meu. - Prometo de mindinho. - Você é engraçada. - Ela diz e eu aperto seu narizinho de leve. - Quando posso começar então? - Hoje mesmo, você poderia? Não temos ninguém que possa ter toda atenção nela. Seu horário será das 08:00 às 18:00, Madeline está de férias, sua preocupação é somente ela até o fim do horário. – Engulo o café quente e assinto. - Entendi tudo, não se preocupe eu vou cuidar bem. - Digo pondo convicções em minhas palavras, coloco a xicara de volta na mesa americana e olho para Madeline. - Então vamos? – Ela abre um sorriso enorme em seguida. - Sim. - Ela bate as mãozinhas em sinal de felicidade e isso derrete meu coração, o que não é muito difícil de acontecer. - Você é uma garotinha muito inteligente e fala muito bem por sinal, eu na sua idade perto de você ficaria muito sem graça com tanta esperteza. – Sorrio enquanto andamos até o parquinho na frente da casa. - Eu tenho bons professores. – Ela diz convencida - Eu também. - Digo me lembrando da minha infância na escola. Bons tempos de cobrir desenhos, não é mesmo? - Vamos brincar agora? - Claro princesa. Brincamos de tudo que uma criança poderia imaginar, boneca, pega-pega, esconde-esconde, karaokê, dança, até jogamos futebol. Madeline é uma menina muito serelepe, ela não se cansa facilmente, já eu me sento uma senhora de 80 anos. As 18 horas eu estava me despedindo da minha pequena amiga, foi o horário em que Ella combinou comigo, volto para casa e subo correndo para me arrumar e ir para faculdade, estava tão atrasada que não deu nem tempo de responder aos gritos de minha mãe perguntando como foi o dia.
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