Manu narrando O som do baile era ensurdecedor. As batidas do funk faziam o chão tremer e o peito vibrar junto, como se cada grave entrasse direto na alma. De longe já dava pra sentir a energia boa, aquele clima de favela viva, gente sorrindo, dançando, se divertindo. Eu precisava daquilo. Precisava me sentir viva também. Mas m*l cheguei e já senti uns olhares atravessados. Os vapores que estavam perto do portão me olharam de cima a baixo, cochichando entre eles. E eu sabia o motivo — Dadinho. Se ele estiver aqui, logo vai saber que eu tô também. A única parte r**m é que eu não tenho uma amiga pra me acompanhar. Fiquei ali, meio deslocada, tentando achar um canto onde eu não chamasse tanta atenção. Era estranho estar sozinha num baile tão cheio, mas ao mesmo tempo, eu sentia que precisa

