Manu narrando
Quando o Fantasma me puxou pelo braço e mandou eu subir na moto, eu ainda tremia de raiva. O coração batia rápido demais, e parecia que o sangue fervia nas veias. Eu não queria sair dali, queria acabar o que comecei, mas quando ouvi o barulho do tiro pro alto e vi o olhar dele — firme, sério, autoritário —, eu soube que era melhor ir. Ele era o único capaz de me fazer recuar.
Subi na moto em silêncio. O vento batendo no meu rosto foi esfriando o calor da raiva que eu sentia. Cada curva que ele fazia parecia me afastar um pouco mais daquela confusão na praça, mas por dentro eu ainda tava em guerra. As palavras da Mariana ecoavam na minha cabeça, como se cada uma delas tivesse sido feita pra me cortar.
Um certo medo me pegou porque achei que ele me levaria pra salinha pra s
