A madrugada se arrastava em São Paulo quando Karen acordou assustada. O relógio digital marcava 3h17. Um frio percorreu sua espinha, como se o quarto estivesse sendo invadido por uma presença invisível. Sentou-se na cama, ofegante, o coração acelerado. Desde o bilhete enigmático, sua mente não tinha mais paz. A dúvida, mesmo injusta, se infiltrava em seus pensamentos como um vírus silencioso. Confiava em David, amava aquele homem com tudo o que era — mas e se o passado dele tivesse mesmo sombras que ela não conhecia? E se Maxter estivesse plantando apenas parte de uma verdade mais complexa? Afastou o cobertor e caminhou até a varanda do quarto, tentando respirar fundo. Do alto do edifício, via a cidade adormecida, inocente. Um contraste c***l com o caos que se desenrolava nos bastidores

