A CEO no Poder

O Jogo das Sombras

O dia amanheceu cinzento, com nuvens pesadas que pareciam prenunciar a tempestade que se formava em torno de Karen e David. O escritório da empresa, normalmente vibrante, estava tomado por um silêncio tenso, quebrado apenas pelo som constante dos teclados e o murmúrio das vozes baixas.

Karen sentou-se diante da grande mesa de reuniões, olhando para os gráficos e relatórios espalhados à sua frente. A notícia que Eduardo trouxera na noite anterior não saía de sua mente: a ligação do Maxter Group com organizações criminosas envolvidas em lavagem de dinheiro tornava a batalha muito mais complexa — e perigosa. Não era apenas uma guerra corporativa, era um combate contra um inimigo que jogava sujo, com aliados ocultos e métodos que iam muito além do que ela e David poderiam prever.

Ao seu lado, David acompanhava atentamente, seus olhos fixos em uma tela que exibia dados de movimentações financeiras suspeitas.

— Eles têm fundos quase ilimitados — comentou ele, a voz carregada de uma mistura de raiva e frustração. — E não vão hesitar em usar qualquer recurso para nos destruir.

Karen respirou fundo, tentando manter a calma.

— Por isso precisamos ser mais rápidos, mais eficientes. Se eles esperam que recuemos, vão se decepcionar.

Eduardo entrou na sala com o olhar sério, segurando uma pasta cheia de documentos.

— Consegui um panorama mais detalhado — disse, distribuindo cópias para os presentes. — O Maxter Group não está agindo sozinho. Além dos hackers que já identificamos, há pelo menos dois grupos criminosos nacionais envolvidos, responsáveis por lavagem de dinheiro e até por contrabando de tecnologia.

David franziu o cenho.

— Como eles conseguiram infiltrar essas redes na nossa área?

Eduardo respondeu com precisão.

— Maxter tem conexões que vão muito além do mundo empresarial. Essas organizações têm ramificações no submundo do crime, e ele sabe usar isso a seu favor. Os servidores que tentaram invadir foram apenas a ponta do iceberg.

Karen sentiu o peso da revelação como um soco no estômago.

— Então estamos lidando com um inimigo que pode atacar tanto no mundo real quanto no virtual.

— Exatamente — confirmou Eduardo. — E precisamos preparar uma defesa à altura.

—

Naquela mesma tarde, Karen recebeu uma ligação inesperada. A voz do outro lado da linha era fria e calculista.

— Senhora Karen, aqui é Marco Salazar, do grupo de investigações do governo. Temos acompanhado as movimentações do Maxter Group. Se desejar, podemos colaborar para investigar as ligações ilegais que você mencionou.

Karen trocou um olhar rápido com David, que estava ao seu lado.

— Aceitamos a ajuda — respondeu ela, firme. — Precisamos unir forças para proteger a empresa e nossas famílias.

—

Enquanto isso, as ruas da cidade escondiam seus próprios perigos. David sabia que a segurança física de Karen precisava ser reforçada — ela havia sido alvo antes, e ele não poderia permitir que isso acontecesse novamente. Contratou uma equipe de segurança particular, com profissionais treinados e experientes, que estariam atentos a cada movimento suspeito.

— Não vou deixar que nenhum deles se aproxime de você — prometeu ele, durante um momento a sós.

Karen sorriu, sentindo uma mistura de amor e gratidão.

— Sei que posso contar com você, sempre.

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Nas semanas seguintes, a guerra silenciosa continuou. Eduardo e sua equipe trabalhavam incansavelmente para mapear as redes do Maxter Group, enquanto Karen e David mantinham a empresa firme, enfrentando as pressões do mercado e as investidas cada vez mais agressivas dos adversários.

Em uma dessas noites, Karen recebeu uma mensagem anônima: “Cuidado com quem você chama para perto. Nem todos querem o seu bem.”

O alerta trouxe um frio na espinha. Quem estaria tentando intimidá-la? Quem estaria disposto a trair?

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No dia seguinte, durante uma reunião estratégica, Eduardo trouxe uma informação preocupante.

— Descobrimos que há um possível infiltrado dentro da empresa — anunciou. — Alguém que passa informações para o Maxter Group.

O silêncio tomou conta da sala. David fechou os olhos por um instante.

— Temos que descobrir quem é — disse com firmeza. — Antes que cause danos irreparáveis.

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Enquanto a busca pelo traidor interno avançava, Karen e David encontravam força um no outro. O amor que os unia era a âncora em meio ao caos.

Numa noite, sentados na varanda de seu apartamento, olhando para as luzes da cidade, Karen falou baixo.

— Já perdi pessoas por causa dessa guerra. Não quero perder você também.

David apertou sua mão com ternura.

— Eu prometo que vamos sair dessa juntos. Somos mais fortes do que qualquer sombra do passado.

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Mas as sombras continuavam a se mover, e o jogo estava longe de acabar.