Cap. 29 - Se eu morresse amanhã

3030 Palavras

"Mas essa dor da vida que devora A ânsia de glória, o dolorido afã... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã!" (Álvares de Azevedo - poema "Se eu morresse amanhã") Quando abri os olhos, ainda estava deitado sobre o palco. Sozinho. Não havia mais ninguém por perto. Nem Fred, nem Gustavo, professora Clarice, a plateia, nada. Era só eu e o silêncio. Com muito esforço, eu consegui me sentar e uma dor pontiaguda atravessou meu corpo um pouco abaixo da costela. Gritei agoniado e minha voz se espalhou por todo o auditório, ecoando por entre as paredes. Levei novamente a mão até onde doía. Quando a olhei, estava ensanguentada. Eu ofegava. Enfrentei aquela sensação torturante para ficar de pé. Experimentei alguns passos enfraquecidos e o sangue gotejou pela madeira do piso d

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