O dia parecia que nunca iria acabar e eu a todo o momento cogitava a ideia de apenas sair pelo portão e ir pra casa, me esconder debaixo das cobertas e não sair nunca mais.
No almoço, eu e os meninos nos sentamos juntos e, por incrível que pareça, os cochichos não eram mais tantos. Pelo menos era o que parecia. E eu realmente esperava que todo mundo esquecesse disso o mais rápido possível...
Não vi mais Emily o restante do dia, o que pra mim foi um alívio enorme.
Nós éramos amigas desde o fundamental e sempre estávamos juntas. Sempre mesmo. E eu realmente achava que ela era minha amiga... Se eu pudesse ver o futuro naquela época, teria me afastado dela o quanto antes...
Finalmente, depois de horas, que mais me pareceram dias, as aulas haviam acabado e eu contava os segundos para poder ir logo pra casa...
Infelizmente, as pessoas continuaram olhando para mim e cochichando uma com as outras...Eu juro que não estava mais aguentando isso... Até quando eles continuariam assim?
- Quer uma carona? - G pergunta, assim que nós saímos pelo portão e eu olho para ele, percebendo que, mais uma vez, eu prendia a respiração sem nem perceber.
- Hã... Quero. - Sorrio de lado, arrumando a alça da mochila em meu ombro e o garoto também sorri.
- Bom, eu vejo vocês amanhã, vou embora com o Nate, já que meu carro está no conserto... - JJ diz, sorrindo e vem até mim, me abraçando. - Tchau Soph, te amo. Nos vemos amanhã. - Dá um beijo em minha bochecha e eu sorrio.
- Tchau JJ, também te amo... Até amanhã. - Ele sorri e vai até Gilinsky.
- Até depois, dude. - G diz, batendo na mão na mão de Johnson.
- Até depois... - Responde, sorrindo e vai até o carro de Nate.
- Tchau, Soph... Até amanhã. - Nate sorri, me abraçando.
- Até, Maloley... - Sorrio e ele se distancia, acenando com a mão para Gilinsky e seguindo para seu carro, abrindo o mesmo em seguida e entrando no veículo, sendo acompanhado por Johnson.
- Posso ficar na sua casa? - Gilinsky pergunta, enquanto caminhávamos até seu carro. - É porque não tem ninguém na minha e eu realmente não queria ficar sozinho... - Me encara, sorrindo, tirando a mochila dos ombros.
- Claro. - Sorrio também, encarando o moreno. - Até porque meus pais vão estar trabalhando e eu também não quero ficar sozinha... - Dou os ombros e ele balança a cabeça, sorrindo. - Se você quiser tomar banho, tem algumas roupas suas no meu armário. - Digo e abro a porta do carro, entrando no mesmo.
Eu e os Jack's éramos amigos desde os nossos 5 anos. Eles sempre dormiam em casa e vice-versa, então, haviam coisas deles na minha casa e coisas minhas nas casas deles, para quando visitávamos uns aos outros.
- Ainda bem, não queria ter que passar na minha pra pegar... - Liga o carro e eu sorrio. - Netflix a tarde inteira? - Pergunta, me encarando e sorrindo.
- Você me conhece como ninguém... - Digo, sorrindo de lado, com os olhos semicerramos e ele solta uma risada nasalada. - Preciso mesmo de um tempo com você depois de tanto tempo sem te ver... - Sorrio de lado, olhando para o garoto e ele faz o mesmo.
Gilinsky liga o carro e começa a dirigir para minha casa.
No caminho, ele me perguntou mais sobre minha viagem para o México e nós fomos conversando sobre isso.
Eu amava o México e eu acho que G adorava me ouvir falar sobre isso.
Ele dizia que meus olhos brilhavam sempre que eu falava sobre algo relacionado ao meu país de origem.
Dizia também que era muito bonito o jeito como eu falava sobre as coisas de lá... Uma vez prometi a ele e a Johnson que os levaria para lá comigo em alguma viagem que eu e meus pais fizéssemos. Seria ótimo ter a companhia dos dois. E teríamos muitas coisas para fazer, já que eles nunca haviam ido ao México. Teria muita coisa para mostrar a eles. Eu ficava ansiosa só de pensar...