Vítimas do Destino

Capítulo 2

Anahí

Entrei no meu novo apartamento, Santi estava animado com a nova casa. Depois de tantas horas de viagem, cansada. Não sei como vai ser daqui por diante, não tenho contato mais com meus amigos e me aproximar deles seria como me aproximar de Alfonso novamente e isso eu não quero, apesar de morar com uma copia fiel dele em casa, eu sei que se um dia encontrar Alfonso ele nunca vai me perdoar por nunca ter dito que tive um filho dele, mas estava magoada demais para pensar no que ele iria achar, como iria dizer que estava grávida depois dele e a Camila rirem da minha cara?

Santi: Aqui é muito legal, mamãe.

Anahí: Você gostou?

Santi: Sim, mamãe!

Anahí: Que bom, meu amor. Espero que ele se adaptasse bem a nova casa, escola.

Terminei de ajeitar as coisas, pedi comida em um restaurante ali perto, ela ficou com o filho a tarde toda, dormirmos um pouco para descansar da viagem. Quando anoiteceu eu e meu filho fomos até o supermercado abastecer a dispensa da casa, afinal tínhamos chegado de viagem hoje e não tinha nada em casa. Fui ao supermercado mais próximo. Estava escolhendo as frutas quando ouvi alguém me chamar. Senti o coração gelar.

-Any?

Eu encarei a pessoa sem acreditar, meus olhos ficarem rasos de lágrimas, há anos não via minha amiga, fui obrigada a cortar contato com todos.

Anahí: Dulce? É você mesma? Nos abraçamos e choramos sentíamos muitas saudades uma da outra, e as lágrimas foram inevitáveis.

Dulce: Sou eu sim Any, eu nem acredito que depois de tantos anos você esta aqui bem na minha frente, está tão diferente. Eu não acredito!

Nem eu poderia acreditar, afinal o México um país tão grande, como poderia encontrar minha melhor amiga ao acaso no primeiro dia da minha volta?

Coisa do destino?

Santi: Mamãe, olha essa aqui. Mostrou a maça bem vermelha e Dulce encarou o meu menino, eu não poderia negar ele simplesmente era Alfonso quando criança.

Dulce: Mamãe? É seu filho? Me perguntou

Anahí: Sim, ele é meu filho, Santiago.

Dulce: Any... ele é .... não conseguiu completar a frase. - Quantos anos ele tem?

Anahí: 5 anos.Respondi já esperando ela entender.

Dulce: MEUS DEUS Anahí, O Alfonso VAI TE MATAR! As pessoas olhara para nós duas

Anahí: Fale baixo, sua doida! Falei séria.

Dulce: Por isso foi embora sem dizer nada a ninguém? Porque estava grávida?

Anahí: Aqui não é o melhor lugar para conversarmos.

Santi: Mamãe, quem é ela? Perguntou curioso.

Anahí: Oh! meu amor, ela é uma amiga da mamãe.

Santi: Eu sou o Santiago, filho dela! Se apresentou todo bonitinho.

Dulce: Você é lindo, Jesus ele é igual ao... A repreendi com o olhar.

Santi: Quem? Perguntou curioso.

Dulce: Com um amigo meu.

Santi: Mamãe sempre diz que me pareço com o meu pai. Disse de cabeça baixa

Dulce: Disse? Perguntou olhando Anahí.

Santi: Sim, mas ele não pode ficar com a gente.

Dulce: Ela falou isso? Encarou Anahí e ele só assentiu com a cabeça.

Eu ainda não conseguia acreditar que Dulce minha amiga, estava trabalhando em uma grande empresa, fiquei muito feliz por ela, mais feliz ainda por saber que finalmente ela e Ucker estavam juntos, ela não tocou mais o nome de Alfonso, eu não queria saber dele, sabia que ele tinha direito de conhecer o filho e sabia que se um dia o Santi quisesse conhece-lo eu não poderia negar isso ao meu filho, eu rezava para que esse dia nunca chegasse, que o meu amor bastasse para suprir qualquer falta de um amor paterno na vida do Santi. Porque me relacionar com outra pessoa estava fora de cogitação, seria somente eu e o meu filho, ele seria o único homem na minha vida.

Narrador

Já no apartamento de Alfonso, Maite esperava os amigos assim como Alfonso a campainha tocou e a primeira a chegar foi Camila, como sempre se jogando nos braços de Poncho, anos a após anos e ela ainda acreditava que poderia ter algo com ele, já que ele nunca a repeliu, e ela tinha o apoio da mãe dele. Maite logo fechou a cara ao ver Camila, a raiva dela era justamente Alfonso não tomar uma atitude sobre a manipulação da mãe e as atitudes de Camila.

Não demorou muito para que o restante dos amigos chegassem, Cris como sempre o mais animado de todos fazendo farra, era o jeito dele.

Cris: CHEGUEI MEUS AMORES!

Alfonso: Menos Cristhian!

Cris: Leva para longe esse mau humor daqui, cruzes. Você já foi bem mais agradável, Poncho. Disse se referindo a época em que Poncho namorava com Anahí, afinal depois da ida dela ele simplesmente se transformou em outra pessoa. Ele só repreendeu com olhar.

Logo em seguida Dulce e Ucker chegaram juntos, os dois calados. Dulce contou o encontro com Anahí e Santiago ao mercado, eles não sabiam o que pensar afinal eles eram felizes e de repente ela foi embora e agora aparece do nada. Dulce continuou calada, não sabia como encarar Alfonso sabia como ele tinha sofrido ela não sabia se aguentaria ficar calada, como Anahí escondeu um filho dele? Sabia que o amigo ficaria mais abalado por ver que perdeu parte da vida do filho. Mas tinha prometido a Annie que não contaria nada, as duas combinaram de se encontrar para esclarecem tudo Anahí só a tinha garantido que tinha motivos para ter ido embora e culpou Alfonso, ela pode perceber a mágoa e o ódio de Anahí por Alfonso, não entendia nada, será que Alfonso teria se feito de vítima todos esses anos? Mas ele havia sofrido tanto. Não arriscaria perder a amizade de Anahí novamente contando a volta dela para ele. Todos perceberam que os dois estavam estranhos. Alfonso encarava Dulce e só lembrava dos tempos de namoro dele da Any, de todas as loucuras que fizeram juntos, considerava essa quietude dela o fato das mesmas lembranças dele, da saudade que os dois sentiam dela, ele só queria entender porquê Annie tinha o abandonado o porquê foi embora, queria uma explicação viveu no escuro todos esses anos. Cris percebeu o clima estranho e se aproximou de Dulce.

Cris: O que aconteceu? Perguntou sem se aguentar.

Dulce: Não posso falar.

Cris: Sou seu amigo, pode confiar em mim.

Dulce: Eu sei que é, mas não posso dizer, não aqui.

Cris: É por estarmos todos juntos? Por se lembrar da Annie né? Também sinto muito a falta dela, sabe até hoje não entendo porquê sumiu assim, porquê foi embora. Dulce começou a chorar, não ia conseguir esconder do Cris, Ucker a abraçou sabia que amizade das duas era forte, Cris e Anahí eram seus melhores amigos, se contasse alguém poderia perder o contato com Anahí, já que a mesma confiou nela, não poderia dizer, mas não ia aguentar ver Cris falar das saudades que sentia e fica calada, Cris também a abraçou.

Dulce: A Any voltou, eu a vi hoje. Cris paralisou e encarou a amiga.

Cris: Voltou? Perguntou emocionado ela assentiu – Quando?

Dulce: Hoje, mas não posso falar agora, não aqui.

Cri: Ele precisa saber Dulce, ele sofreu para caramba.

Dulce: Não pode não, ela tem raiva dele, magoa, ódio e eu não sei o porquê, não vou falar nada até saber os motivos dela.

Cris: Vão conversa? Ela assentiu – Eu vou junto. Ela iria protestar, mas sabia que não ia adiantar.

Alfonso encarava os amigos, sabia que tinha algo estranho, mas com Maite no seu colo marcando território para Camila e com a Camila também falando nos seus ouvidos, não poderia ir até os amigos, o jeito seria esperar, mas seu olhar encontrou com o de Ucker e ele nem soube definir a expressão no rosto do amigo. Mas com isso ele sabia que havia algo errado.