Capítulo 5

955 Palavras
Damien Santore Por que será que ele não quer um encontro pessoalmente? Já faz dois dias desde que ele me mandou aquele e-mail. Não consegui engolir essa história. Sei que ele ficou interessado na minha proposta. Mas porque não no convite de nos encontrarmos? Acho que estou ficando paranoico. Talvez apenas ele não goste de socializar. Dou de ombros e ligo meu computador, acabei de chegar na empresa e tenho que ver alguns novos projetos de desfiles e novas roupas. Mas antes que eu possa fazer qualquer coisa, meus dedos me levam para o e-mail de Karl. “Para Karl Rodrigues Caro senhor Rodrigues, gostaria de entender o porquê não quer me ver pessoalmente. Atenciosamente Damien Santore” O e-mail é enviado, e começo a estralar meus dedos em nervosismo. O que logo é deixado de lado quando minha porta se abre e por ela passa meu pai e mamãe. - Olá, querido. - Minha mãe vem até mim e deixa um beijo em minha bochecha, e me levanto para receber um abraço do meu pai. - Oi, filho. - Ele diz ao me soltar, e os dois se sentam em minha frente nas cadeiras de couro, e faço o mesmo, voltando a sentar em minha cadeira. - Oi, o que fazem aqui? - Não podemos mais visitar nosso filho mais velho? - Suspiro. - Só viemos tiver Damien, Igor anda muito ocupado com os últimos anos na faculdade e Otávio, bem, ele está longe, dificilmente consegue ligar para falar conosco. - Papai fala. - Só queremos netos. Assim deixaremos vocês em paz. - Engasgo com minha própria saliva. Se ele soubesse. - Acho que isso vai demorar um pouco para acontecer. - Deixo um sorriso amarelo escapar. - Eu e Elisa, bom, não estamos... - Nós sabemos querido, só estávamos esperando o momento que você ia nos contar. Elisa é uma mulher maravilhosa, mas não é para você. Até que você arrume uma nova namorada ou namorado terá que nos aguentar até lá. - Mamãe fala convicta. Estou de boca aberta, mas feliz pelo que sai de sua boca, pois ela inseriu a possibilidade de ser um namorado também, apenas assinto, deixando um sorriso verdadeiro sair de meus lábios. É bom ouvir isso dos meus pais, saber que sou aceito mesmo que eu ame outro homem me deixa feliz. Pois não é todos que têm essa mesma sorte. E por um momento me sinto um pouco culpado por não contar o que me aconteceu quando era mais novo. Mas não vale a pena desenterrar o passado agora. Pelas próximas horas sou impedido de trabalhar para ter de ficar de conversa com meus pais, o que não é r**m, apenas atrasa meu trabalho e me faz chegar mais tarde em casa. E quando passo pela porta de casa me jogo direto em meu sofá. Para logo sentir meu celular vibrar e uma música começar a tocar em seguida. Puxo o mesmo do bolso vendo que é uma ligação de Otávio. Atendo. - Oi, irmão. - Falo para logo depois poder ouvir sua voz por cima de uma música alta. - Oi Damien. Liguei porque fiquei sabendo que você não namora mais a Elisa. Como você está? - Suspiro, minha família não consegue ficar de boca fechada. - Estou bem Otávio, não era para ser, somos apenas amigos agora. Sempre fomos mais amigos do que outra coisa. - Não conto a verdade, pois estou deixando isso no passado. - E Você? Como está sendo aí? Não era para estar estudando? - Ele bufa. - Eu estou. Mas agora não é hora de estudar, estou me divertindo um pouco. - Se divertindo ou atrás de um r**o de saia? - A irmão, sabe como é. O que vir, está valendo, seja homem ou mulher. - Você é um sem-vergonha. Desde quando? - pergunto confuso, pois nunca soube disso dele. - Desde que eu senti atração por homens. Mas não importa. Estou indo. Não vou poder aproveitar muito a noite, tenho que ir para casa, amanhã tenho aula cedo, então as gatinhas e os gatinhos vão ter que esperar. - Rio. Ele com certeza é um cafajeste. - Está bom. Vai lá, boa noite. - Boa noite, irmãozão. - E desliga o telefone antes que eu possa dizer qualquer coisa. Aff, ele ainda me mata. Levanto-me do sofá e sigo para meu quarto, tirando meu terno e ficando totalmente nu em frente ao grande espelho do meu quarto. Tenho um corpo considerado bonito. Magro e alto. Olho em meus próprios olhos através do espelho e vejo desejo, o desejo que reprimir durante anos. Minhas mãos descem por meu abdômen, passando por minha barriga e parando na base do meu p*u. Pego pelo eixo e vou começando a movimentar minha mão. Para cima e para baixo, e vou sentindo uma sensação nunca sentida antes, meus olhos se fecham no automático, e minhas pernas vacilam, me fazendo andar para trás até está sentado sobre minha cama, mas sem parar meus movimentos. Até que um rosto surge em minha mente, é mais como uma sombra, e um nome reverbera em minha garganta ao que chego no primeiro orgasmo da minha vida. Karl. E logo estou gemendo, enquanto sinto o líquido viscoso em minhas mãos e coxas. Abro os olhos e me dou conta do que aconteceu, meu peito bate freneticamente e minha respiração está acelerada. E não com o fato de ter me masturbado, não, isso até para um homem virgem que nunca nem beijou foi até normal e prazeroso, mas estou chocado e paralisado com o nome que me veio à cabeça, como posso ter gozado chamando o nome de um homem que nem mesmo conheço ou vi seu rosto?
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