capitulo 5

1214 Palavras
Assim que chego em meu apartamento, penso em tudo oque ela me disse. Se ela aceitar minha proposta de ir comigo para a sede, ela pode ficar longe de quem ela quer e mudar de ares, como ela disse. E talvez lá ela possa conhecer alguém... A Luiza, ela foi tão profissional hoje antes daquele ser aparecer e dizer merda. Não me lembro de nenhuma das minhas secretarias dirigir meus compromissos do jeito que ela faz. É isso, preciso de Luiza comigo. Mas primeiro quero saber oque aconteceu naquela empresa. Passo meu domingo relaxando, sei que na segunda feira vai ser estressante. E dito e feito. Ao acordar na segunda com o barulho irritante do celular fazendo o trabalho do despertador já me irritou. Acordei mais cedo que o normal, preciso chegar a empresa antes que Luiza vá com sua carta de demissão. Me arrumo da melhor maneira possível para um CEO, saio do apartamento e pego meu carro na garagem. Esta cedo e não há carros na rua. Por causa disso chego sem problemas a empresa. Mas em vez de descer a garagem subterrânea, paro meu carro na porta do prédio. Não vou subir direto para a minha sala pelo elevador da garagem. Vou passar pelo hall de entrada e ver como anda as coisas. Assim que entro olho por todos os lados. Ha poucas pessoas, ainda esta cedo. Começo a caminhar em direção ao elevador mas sou parada por uma recepcionista. - Com licença senhor, não pode ir nesse elevador, é privado.- ela diz e depois de me olhar por um momento volta a falar - pode me mostrar sua identificação? Era só oque me faltava, ter que me identificar para entrar na minha própria empresa. - Esta de brincadeira?- pergunto. - não senhor, é questão de segurança.- ela diz. Certo, ela deve ser nova. Entrego meu cartão de visitas a ela que fica pálida na hora. - Me desculpe pelo incômodo sr. Moore.- ela diz de cabeça baixa. - Não se preocupe, é bom saber que seguiu o protocolo, agora se me der licença.- digo e entro no elevador. Assim que as portas se fecham, pego meu celular e disco um numero. - Sr. Moore, em que posso ajudar?- o senhor do outro lado da linha pergunta. - Pode vir ate a minha sala Carlos?- pergunto. - claro senhor, me de cinco minutos.- ele diz e eu concordo desligando o celular. Assim que saio do elevador e entro na sala é o tempo de eu sentar em minha mesa e ouvir o elevador chegando ao meu andar. Poucos segundos depois uma batida na porta e Carlos entra com seu uniforme habitual. - Sr. Moore, em que posso ajudar?- ele pergunta parando em frente a minha mesa. - Conhece a minha secretaria certo?- pergunto. - Sim, todos conhecem a srta. Luiza.- ele fala. - Fiquei sabendo que houve coisas desagradáveis aqui na empresa em relação a ela, mas não sei ao certo oque aconteceu.- digo e ele balança a cabeça concordando.- Eu creio que o senhor saiba de alguma coisa. - a srta. Luiza é uma pessoa muito gentil e educada, sempre que sou responsável pelo andar da presidência ela me trata super bem, mas não posso dizer que os outros a tratam do mesmo jeito.- ele diz. - como assim Carlos?- pergunto. - Quase ninguém a trata bem nessa empresa, não gostam quando ela pega o mesmo elevador que eles, e as coisas que dizem sobre ela aqui na empresa são horríveis, estão sempre zombando dela.- ele diz e sinto uma raiva descomunal. - Obrigada Carlos, você pode ir.- digo e logo fico sozinho. Pego o telefone em minha mesa e LIGO para a recepção. - Recepção da Moore's Interprise, em que posso ajudar?- uma voz feminina invade a linha. - Aqui é o sr. Moore, assim que os representantes de cada setor chegar mandem eles irem imediatamente para a sala de reuniões.- digo. - Sim senhor, mais alguma coisa?- ela pergunta. - Você é a garota da recepção que me parou mais cedo não foi?- pergunto. - sim senhor.- ela diz baixo e temerosa. - Assim que todos subirem, você sobe também.- falo e desligou o telefone. Mal da tempo para respirar e alguém bate a porta. - entre.- digo. A porta se abre e Luiza entra na sala. O cabelo esta amarrado em r**o de cavalo perfeito, usa uma saia social rosa clara e uma blusa branca. Esta linda e arrumada para trabalhar, ou melhor, se demitir. - Luiza, entre e sente-se na cadeira.- digo e ela obedece me cumprimentando. Ela abre uma pequena bolsa que estava com ela e tira uma carta. - Aqui esta senhor, como disse minha carta de demissão.- ela diz me entregando. - Posso aceitar sua demissão Luiza, mas tenho uma contra proposta.- digo e ela me olha atentamente. - Eu não vou voltar a trabalhar aqui sr. Moore.- ela diz firme. - Tudo bem, mas você é profissional e não quero te perder como funcionária.- digo.- Quero que venha trabalhar comigo na sede da Inglaterra Luiza. Por um momento ela não fala nada e apenas me olha atentamente. Seus olhos verdes de algum jeito combina com seu rosto e com seu cabelo castanho. - Oque disse?- ela pergunta receosa. - Quero que venha trabalhar comigo na sede e assuma a posição da minha antiga secretaria.- falo e antes eu possa continuar e ela responder alguém bate a porta.- entre. A garota que trabalha na recepção entra e parece estar com medo. - com licença senhor, todos os representantes já estão na sala de reuniões.- ela diz. - muito obrigada, você pode esperar um pouco ali fora enquanto eu término aqui com a senhorita Luiza? - claro senhor.- ela diz saindo e fechando a porta. - Então Luiza? Oque me diz?- pergunto a olhando firmemente - E-eu não sei... é meio de repente essa proposta.- ela diz. - tire a semana de folga Luiza, pense sobre isso, ficarei aqui um mês e quando voltar espero que esteja comigo.- digo sinceramente. - obrigada, pensarei sobre isso.- ela diz e nos despedimos. Digo para que ela peça para a recepcionista entrar, enquanto isso eu acesso o currículo da moca. Daniela Souza. - Com licença sr. Moore.- ela diz ao entrar na sala. - Sente-se Daniela, estava lendo seu currículo e você é estudante de administração certo?- pergunto e ela assente. Algumas das minhas empresas costumam contratar estudantes para estagiar ou trabalhar. - Sim senhor, estou já no meu quarto ano.- ela diz. - Certo Daniela, te chamei aqui por que quero te transferir de setor.- falo e ela arregala os olhos. - Isso é por causa do erro que cometi mais cedo senhor? Entendo se quiser me demitir.- ela diz. - sim é por causa do que ocorreu mais cedo, mas aquilo não foi um erro. Para você eu era um estranho e você não deixou um estranho entrar na minha empresa, é alguém em que devo confiar.- falo e ela me olha atentamente.- minha secretaria esta de folga e quero que a substitua essa semana. - Eu? - sim, é claro que recebera de acordo com a tarefa e a carga horaria. - eu adoraria isso senhor.- ela diz. - Que bom, você pode começar agora mesmo. Temos uma reunião para ir.- digo para ela que sorri. Saímos da minha sala junto e ela pega um bloco e caneta na mesa de Luiza. Ela sabe oque faz. Então caminhamos para a sala de reuniões, esses idiotas vão ouvir. E muito.
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