Malva Pronta desci para esperar por Ettore ou Nero, não sei qual dos dois ou os dois que irão me treinar hoje. Confesso que queria que não fosse nenhum deles. O tempo está abafado, por isso coloco roupas leves, uma regata de algodão vermelha, calça de moletom preta e tênis de igual cor. Desci e logo fui envolvida por um turbilhão de vozes exaltadas, acompanhadas de palavrões. Com o coração acelerado, desci os degraus lentamente, um por um. Era estranho, pois nesse horário a casa costumava ser um templo de silêncio; algo definitivamente não estava certo. A voz de Ettore ecoou, alta e furiosa, seguida pelo estrondo de objetos se despedaçando. Perdi a cautela e desci correndo, virei à esquerda e cheguei à sala de jantar bem na hora em que uma cadeira passou zunindo ao meu lado, estoura

