Malva Aqueço meu corpo e, em um instante, a corrida começa. Meu cabelo solto balança, e os fios batem em meu rosto, na boca, nos olhos, fazendo-me fechá-los e, sem enxergar o caminho, acabo colidindo com Nero. Nosso encontro abrupto nos leva ao chão. — p***a! Sai de cima de mim! — ele grita, furioso, na escuridão que nos envolve. — Desculpa, não vi... o cabelo, bateu e... — gaguejo, tentando me explicar enquanto me levanto rapidamente. Nero range os dentes, e um frio na espinha me percorre. Nunca o vi agir assim; parece estar tomado por uma força estranha. — Nunca me toque! Fique longe! Odeio seu cheiro doce. Detesto a textura da sua pele encostando na minha! — ele berra, e eu me estremeço. — Já pedi desculpas, droga! Não foi intencional, e você não pode gritar comigo! Posso ag

