Ettore. Fico sozinho, mastigando as palavras do meu pai. Caminho solitário pelo jardim, com a mente ocupada por ela, meu coração troveja no peito. Seria perfeito se eu não conhecesse o amor; se não soubesse do despertar desse sentimento que me mantém ligado a ela, mesmo quando sua presença física está distante. Enfio a mão no bolso à procura do meu celular, abro-o e vou direto para a galeria de fotos, admirando as imagens que capturei dela enquanto dormia em minha cama. — Estou atrapalhando? — ouço a voz de Renzo, e meus músculos se contraem com tanta força que parece que vão se romper. Guardo o celular e encaro o sujeito, que está mais arrumado do que o habitual. A roupa social não consegue esconder o sarcasmo e a zombaria em seu olhar. — Você sabe que sim — respondo entre dentes

