As Peças do Quebra-Cabeça

1255 Words
SORAIA Tô aqui no chão ainda, a cabeça rodando. O Lobo deu a explicação pro Tito, falou que o Evandro tá confundindo as coisas por causa dos pesadelos. Na hora, eu só consegui pensar: é pra proteger o menino. Claro que é. O modo como o Evandro se agarrou nele, o desespero nos olhinhos marejados... tudo fez sentido de repente. Não é só cuidado de segurança. Começo a observar os dois com outros olhos. Cada olhar que o Lobo joga pro menino, cada vez que ele se abaixa pra amarrar o tênis do Miguel, o jeito que a voz dele fica um pouquinho mais suave... Tudo confirma minhas suspeitas. Tem um laço ali que vai muito além de qualquer trampo. À noite, não durmo. Por sorte o Tito não aparece. Mas o rosto do Lobo não sai da minha cabeça. E algo dentro de mim dói – é desejo? É confusão? É medo do que eu tô descobrindo? Tento negar o que sinto, me chamar de louca, mas a verdade é que já tô emocionalmente envolvida até o talo com aquele homem. E por mais que ele seja frio, duro, imparcial... eu acredito que ele sente algo também. E que tá escondendo alguma coisa grandiosa. Aí chega o sábado. O Tito sai antes de amanhecer pra resolver uns negócios num morro vizinho. A casa fica em silêncio, aquele silêncio raro que dá até medo. Aproveito o momento. A coragem sobe, a loucura também. Vou até o quarto dos empregados. A porta tá entreaberta. Eu empurro devagarinho. O Lobo tá lá, ainda dormindo na cama. Só de cueca boxer preta. Meu Deus, que homem gostoso. Os músculos definidos dele tão iluminados por um pequeno abajur com luz amarela. O cheiro de homem invade o quarto, é um negócio forte, primitivo. Mas não é isso que mais me chama a atenção. É a ereção matinal dele. Tá esticando completamente a cueca pra o lado esquerdo, um volume imponente, duro. Eu mordo o lábio e me aproximo mais. Dá pra sentir o calor que o corpo dele emana, é como se tivesse um forno naquele quarto. Tô prestes a tocar nele, sentir aquele calor na minha mão, quando ele acorda de repente. Ele pula, senta na cama e puxa um travesseiro pra virilha, tentando esconder o que meus olhos tão vidrados em ver melhor. — O que... O que você faz aqui? — ele pergunta, a voz fria, direta. Mas eu tô doida. Completamente sedenta por aquele macho gostoso. Frio nas atitudes, mas pelo jeito, quente. Muito quente no corpo. Não respondo. Ajo rápido e direto. Monto nas pernas dele, agarro a nuca e beijo ele. Ele não corresponde de primeira. A boca dele tá entreaberta, e ele fica imóvel, tenso. Até que eu chupo os lábios dele, puxo o travesseiro que nos separa, e rebolo na ereção dele. Sorrindo. — Que delícia — digo, ofegante. É quando o Lobo reage. Ele agarra minha cintura com uma força bruta. — f**a-se! — ele diz, num rosnado, e me beija. O beijo é quente, molhado, cheio de coisas não ditas. É um primeiro beijo que já chega com tudo, com fome. Com certeza tá deixando minha boca vermelha. Eu continuo rebolando no colo dele, e as mãos dele apertam minha b***a, puxando meu corpo mais contra o dele. Ele levanta comigo no colo – que homem forte, p***a – e me joga na cama. Traca a porta do quarto e acende a luz. — Eu gosto de ver — ele diz. O olhar dele tá sombrio, com um t***o que eu nem imaginava que existia ali. Ele abre minhas pernas e, por baixo do vestido, vê que tô sem calcinha. Eu vejo nos olhos dele um brilho de satisfação, de posse. O Lobo cai entre minhas pernas e me chupa. Faz tanto tempo que não sinto aquela sensação maravilhosa de ser chupada... Na hora, me assusto um pouco, mas ele chupa bem demais. Ele sobe em mim e me beija na boca, em seguida rasga a parte de cima do vestido, expondo meus s***s. Ele os chupa, e o toque é sutil, mas cheio de fome. Parece que o Lobo tá há meses sem encostar numa mulher. Mas ele sabe exatamente o que fazer. Entre chupadas nos s***s e beijos na boca, ele pula em pé na cama e abaixa a cueca. O p*u dele é um espetáculo. Grande, branco, cabeça grande rosa, veiudo. Ele me puxa pela nuca e me faz abocanhar. Não hesito. Quero aquilo mais que tudo. Ele é bruto comigo, enfiando com tudo no fundo da minha garganta, enquanto dá uns tapas no meu rosto. Mas nada comparado ao Tito. Aqui é com consentimento. Os músculos dele tão tensionados, a postura é de quem não vai parar enquanto não se satisfazer. Ele fica de joelhos na cama, entre minhas pernas, cospe na minha bucetinha – que tá inchada de desejo – e bate com o p*u, esfregando a cabeça no c******s. É tão gostoso que eu solto uns gemidos mais altos. — Me pede — ele diz, rouco. — Me fode, Lobo. Me fode todinha, por favor — imploro, a bucetinha pulsando de vontade. Ele cospe na própria mão, esfrega na minha bucetinha, enfia dois dedos e me fode com os dedos com uma força que eu amo. Em seguida, enfia o p*u de uma vez, soltando um gemido delicioso. — p***a! — ele diz, num gemido, quase sorrindo de prazer. — Que gostosa essa bucetinha apertada. O Lobo parece uma máquina. Fode forte e fundo, numa velocidade que me faz arregalar os olhos e segurar nos lençóis. Com certeza esse homem não pega uma mulher há um bom tempo, eu penso. Ele agarra meu pescoço com as duas mãos enquanto mete igual um doido, arrancando gemidos de prazer de mim. Eu g**o rápido, precisava daquilo. Tremo toda, gemendo alto, é uma transa gostosa, daquelas que a gente não quer que acabe. Ele não resiste. O rosto dele fica vermelho, ele dá uns tapas na minha cara, aperta forte um dos meus s***s, tira o p*u da bucetinha e goza em cima do c******s, lambuzando tudo. Ele se inclina sobre mim e beija meus lábios de novo, um beijo mais lento, quase... carinhoso. Eu o encaro, a respiração ainda aos frangalhos, e solto sem rodeios: — Quem é você de verdade? O Lobo tenta disfarçar. Levanta de cima de mim e põe a cueca. Mas eu não me deixo enganar. Falo do jeito que o Miguel olha pra ele, do grito, do instinto de proteção dele. Falo tudo, com o coração na mão. O Lobo fica quieto um tempo, olhando pro chão. Enfim, ele cede. E confessa: o menino é o filho dele. E ele tá ali atrás da esposa, que o Tito sequestrou também. Sinto o chão sumir debaixo de mim. As peças todas se encaixam de uma vez, e o quebra-cabeça monstruoso tá completo. Com certeza, aquilo que aconteceu entre a gente não vai se repetir. Ele é um cara casado. Tem um filho. Ama a esposa. Meu coração se aperta feito um punho. As lágrimas vêm antes da raiva. Entendo, agora, que ele nunca me olhou como mulher – mas como alguém que podia aproximar ele da verdade. Um degrau na escada pra chegar até a família dele de volta. E eu, otária, me joguei nos braços dele como se fosse a salvação. Só que a salvação dele tem outro nome, outro rosto. E eu... eu só fui o caminho mais fácil.
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