Cobra Narrando O barulho do celular me acorda. Puxo ele do lado da cama, os olhos ainda pesados de sono. Na tela, um nome que eu não via fazia tempo. Carol. Rejeito na hora. Jogo o celular de volta pro lado e viro na cama, respirando fundo. Se essa mulher tá me ligando a essa hora, alguma merda ela quer. E eu não tô afim de saber. Passo a mão no rosto, bocejo e, antes de abrir os olhos direito, percebo que a Clara não tá na cama. É claro que não tá. Dou um meio sorriso, lembrando da cena de ontem. Quase dormiu fora do quarto. Quase. Mas foi só eu ameaçar sair na rua que ela correu atrás, botou ordem na casa e subiu. Mulher braba do c*****o. A única na face da Terra que tem coragem de bater de frente comigo sem tremer. E ainda dormiu agarrada em mim. Lembro do jeito que ela

