Dona Marta Narrando A água quentinha escorria pelo meu corpo, trazendo um alívio gostoso. Clara tava ali, do meu lado, cuidando de mim. Mesmo namorando meu filho, ela não deixou de ser minha enfermeira. Ela pegava o sabonete, a bucha, esfregava devagar nos meus braços, nas costas, com o maior cuidado do mundo. Depois do banho, me ajudou a sair, pegou a toalha e me secou devagar. — Escolhi uma roupinha bonita pra senhora hoje. — ela disse, pegando o vestido leve que tinha deixado separado. Eu ri. — Ah, é? — É, ué. Tem que andar toda bonitona. Ela me ajudou a vestir a roupa, depois pegou o creme hidratante e começou a passar nas minhas pernas, nos meus braços. — Agora nas costas. — ela avisou, pegando mais creme e espalhando. Eu suspirei. — Isso tá tão bom, minha filha. Ela riu

