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CAIO NARRANDO Eu tava um fio de explodir. Depois que ela desligou na minha cara, eu quase quebrei o celular no meio. Minha respiração tava pesada, o coração martelando no peito. Ela fez isso comigo. Ela me deixou. Ela saiu sem me dar satisfação. Ela tá no pagode, sambando, bebendo, enquanto eu tô aqui, enlouquecendo. Minha vontade era de sair por aí, pegar o primeiro desavisado na rua e descontar essa raiva. Mas em vez disso, eu sentei na beira da cama. Joguei o celular no colchão, passei as mãos no rosto, baguncei o cabelo. Tentei respirar. Mas não consegui. Eu nunca passei por essa p***a. Nunca. Eu era o Cobra. Sempre fui. Eu mandava na favela. Eu mandava no tráfico. Eu mandava nas mulher. Mas na Clara? Na Clara eu não mandava em p***a nenhuma. E isso me deixava doen

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