55

1613 Words

Clara Narrando Assim que entrei no quarto da Dona Marta, virei rápido e tranquei a porta. Meu coração tava disparado. Encostei as costas na madeira, respirando fundo, tentando acalmar o corpo, mas eu ainda sentia o toque dele, a boca quente dele no meu pescoço, as mãos grandes apertando minha cintura, guiando meu rebolado no colo dele. Porra. Fechei os olhos com força. Eu sabia que se ficasse ali por mais um segundo, eu ia ceder. Eu já tava perto demais disso. E Caio Cobra sabia jogar. Sabia usar o corpo, o olhar, a voz rouca pra me deixar sem ar. Mas eu não podia. Não podia ser mais uma. Não podia deixar esse homem me prender nessa teia dele. Afastei o pensamento e olhei pro lado, vendo Dona Marta dormindo tranquila na cama. Me aproximei devagar, puxei a coberta pra cobrir me

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD