Papelaria

1216 Words

Bruna A papelaria era enorme, cheia de corredores coloridos, prateleiras abarrotadas de materiais que eu nunca imaginei poder ter. O cheiro do papel novo misturado com plástico e tinta me deu uma sensação estranha, diferente, como se eu estivesse pisando num lugar que não me pertencia. Sempre que passava por papelarias pequenas, via crianças e adolescentes escolhendo cadernos, testando canetas, enchendo mochilas sem se preocupar com o preço. Eu nunca tinha tido essa oportunidade, porque minha mãe não comprava, e quando eu pude escoler, foi meu pai que comprou, e eu não usei, porque no dia seguinte fui trancafiada no bunker. Adelson caminhava ao meu lado, tranquilo, como se aquele fosse só mais um dia comum. Para ele, talvez fosse. Mas para mim, aquilo parecia surreal. Meus olhos corriam

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