José não dormiu naquela noite. Nem tentou, pra falar a verdade. Ficou sentado no sofá da sala, a cabeça apoiada nas mãos, o silêncio da casa só sendo quebrado pelo tic-tac insistente do relógio da parede e o choro baixinho de Pedro Henrique durante a madrugada. Levantou, claro. Pegou o menino no colo, ninou com carinho, como sempre fazia. Mas até isso estava diferente. O colo era o mesmo, o amor também. Só que o peito... o peito estava em pedaços. Bia tinha sido honesta. Ele sabia. Ela foi sincera, tentou ser justa, falou com o coração na mão. Mas nem por isso doeu menos. José sentia que tinha perdido uma batalha que talvez nunca tivesse chance de vencer. E ainda assim... não conseguia desistir. Porque pra ele, Luiz não ia voltar. Ele já tinha pensado nisso mil vezes. Luiz não era mai

