Beatriz Eu tava sentada naquele colchão imundo, fedendo a xixi velho, mofo e sei lá mais o quê, abraçando os joelhos, tentando não pirar de vez. Meu corpo inteiro doía, a cara ardia do tapa que aquele filho da p**a do Biriba tinha me dado, o lábio tava inchado, gosto de sangue na boca. Eu nunca senti tanto nojo, tanto medo, tanta raiva na vida inteira. Eu queria gritar, queria matar, queria que o Luiz aparecesse ali na hora e acabasse com tudo aquilo. A porta rangeu e abriu de repente. Um cara grandão, tatuado até o pescoço, sorriso podre, entrou me olhando como se eu fosse um pedaço de carne. — Levanta, princesa. O chefe quer te ver. Eu congelei. Meu coração disparou de novo. — Eu não vou a lugar nenhum, seu filho da p**a! — gritei, mesmo sabendo que era inútil. Ele riu, veio pra

