Revelações pela Manhã

1581 Words

Beatriz Eu abri os olhos devagarinho e a primeira que invadiu meu nariz foi aquele cheiro de café recém-passado, forte, quente, daquele jeitinho que a gente sente lá na padaria do Seu Zé às seis da manhã. Por um segundo eu até esqueci onde tava. Parecia que eu tava em casa, na minha cama velha, com o sol batendo na janela quebrada. Mas aí a realidade deu um tapa na minha cara: eu tava na jaula dourada do Shark. Virei o rosto no travesseiro e ele já tava lá, de pé do lado da cama, segurando um prato com torrada e uma xícara fumegante. A luz da manhã entrava pelas frestas da cortina blindada, batia no corpo dele e, c*****o… mano do céu, ele tava lindo. Camiseta preta grudada no peito, cabelo bagunçado de quem acabou de acordar, barba por fazer, aquele olhar preto que parece que engole a ge

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