📍 NARRADO POR DANIEL VASCONCELOS — “Sai todo mundo.” — soltei, seco, sem nem levantar muito o tom. Ninguém questionou. Cadeiras arrastaram, botas pesadas ecoaram pelo chão, o cheiro de cigarro e maconha ficou preso no ar depois que a porta bateu. Só ficou eu, Bruno… e o silêncio. Acendi outro cigarro, traguei fundo, soltei a fumaça pelo nariz como quem expulsa veneno. Me virei devagar pra ele. — “Bruno… e aqueles dois vapores?” Ele franziu o cenho. — “Que dois?” — “Os que tavam ali no canto, quando eu cheguei. Um deles não conseguiu segurar o olho em mim… e o outro ficou com o olhar rápido demais. Brilho errado. Olhar de quem pesa lealdade.” Bruno cruzou os braços, encostando na parede. — “Tô ligado. O mais magro é o Juninho Lata. Veio do lado do Marquinhos Gordo. O outro é o P

