O CEO Misterioso

1136 Words
ARTHUR Merda. A tela escureceu, deixando só o reflexo do meu rosto no meio da escuridão. Um cara com a respiração ainda pesada, o cabelo levemente bagunçado e o torso todo melado de p***a. Uma visão patética, se eu parar pra pensar. Mas naqueles minutos, não penso. Só sinto. Ou pelo menos, algo parecido com isso. Sou Arthur Moreau. Tenho 35 anos, construí um império da p***a do zero – bem, quase do zero, o velho deixou a base, mas eu ergui o arranha-céu em cima – e comando uma fortuna que faria qualquer um aqui nesse país de merda ter um treco. As pessoas me temem. Meus funcionários tremem quando eu entro na sala. Meus concorrentes passam noites em claro tentando adivinhar meu próximo movimento. E eu... eu acabo de gastar dois mil reais para ver uma mulher de máscara rebolar de quatro na frente de uma câmera. E gozei pra c*****o vendo isso. É isso. Meu segredo mais sujo. Minha válvula de escape. Minha pequena fraqueza milionária. Enquanto a p***a esfria na minha barriga, aquele vazio pós-punheta começa a cavar um buraco no meu peito. É sempre assim. Um minuto de paraíso químico, seguido por uma hora de questionamento de merda sobre a minha vida. Eu odeio essa parte. Odeio a fraqueza. Mas amo demais o caminho até ela. Ela. A "Mascarada na Cama". Não sei por que essa, entre todas. Já assinei conteúdo de pelo menos uma dúzia dessas criadoras. Umas são diretas, metem dedo, linguada, vibrador, gritam como se estivessem sendo assassinadas. É eficiente, é rápido, dá pro gasto. Mas com ela... é diferente. Ela tem uma coisa. Uma ingenuidade de fachada que me pega. A voz é doce, mas quando solta uma piada, tem uma malícia por trás que me faz sorrir – e eu não sorrio pra p***a nenhuma. Os movimentos são suaves, como se ela estivesse se descobrindo ali, na frente da câmera. Tem um momento que ela sempre hesita, só um segundo, antes de colocar a mão onde os caras estão pagando pra ver. E essa hesitação, essa p**a de uma hesitação, me deixa mais louco do que qualquer p**a experiente se contorcendo toda. É meu vício. Minha droga particular. E como qualquer bom viciado, eu organizo a minha vida em função do meu próximo pico. Meu assistente, o Lucas, um moleque que tem ataques de pânico se a xícara de café não está a 85 graus exatos, já tentou marcar uma reunião no meu horário sagrado. Lembro da cara de merda dele quando eu disse não. — Senhor Moreau, mas é o CEO da... — Lucas. — eu cortei, com a voz que eu uso pra enterrar assuntos. — Se for o Papa, o Elon Musk e o Messi juntos, eles podem esperar. Esse horário é meu. Entendeu? Meu. Ele entendeu. Todo mundo entende. Ninguém pergunta de novo. Minha própria mãe, a grande Eleonora Moreau, com suas festas de arromba e seu julgamento silencioso, tentou marcar um jantar de família numa quarta-feira. Menti na cara dura. Falei que tinha uma conferência vital com os caras de Dubai. Ela resmungou, mas aceitou. Porque ninguém questiona o grande Arthur Moreau. O que eles não sabem é que o "grande Arthur Moreau" está aqui, com o p*u na mão, pagando fortunas pra uma garota anônima na internet. E essa noite... essa noite foi f**a. Assisto sempre como "Fênix n***a". Nada de criatividade, só um nome que veio na hora. Não falo muita merda no chat. Pra quê? Eu não pago pra conversar. Pago pra ver. E quando eu quero ver algo específico, eu simplesmente deito a grana. Dois mil, cinco mil. É só botar o preço. Dinheiro é a linguagem universal, e eu sou um poeta do c*****o nesse idioma. Hoje, eu quis ver ela de quatro. Mandei os dois mil. E quando ela virou, aquele sorriso ainda meio tímido, e apresentou aquele r**o perfeito pra câmera... c*****o. Algo dentro de mim simplesmente pipocou. Minha mão já estava no meu p*u, que estava latejando como se eu tivesse 15 anos de novo. Eu não sou um adolescente, sou um homem feito, com responsabilidades demais. Mas naquela hora, eu era só um punheteiro viciado. Mas a minha mente não para, nem na hora do t***o. É uma maldição. Enquanto eu via ela na tela, me tocando, a minha cabeça já estava criando um filme por conta própria. A tela sumiu. Ela não estava mais num quarto qualquer. Estava aqui. Na minha cama. A luz suave da cobertura iluminando a curva das suas costas, a máscara prateada refletindo a cidade lá fora. E eu não estava só olhando. Eu estava ali. Era a minha mão puxando o quadril dela, com força. Era no meu ouvindo o gemido abafado dela perto do meu rosto. E era a boca dela, aquela boca que eu só conheço por pixels, que estava me levando pro limite, não a minha própria mão. — Merda... Mascarada... — eu grunhi, baixo. Foi o que bastou. A imagem na minha cabeça foi mais forte do que qualquer HD do mundo. O orgasmo veio como um soco no estômago. Uma descarga elétrica, violenta e completa, que fez todo o meu corpo tremer e a minha visão escurecer por um segundo. Jorrei pra c*****o, no meu peito, na minha barriga, uma p***a quente e branca marcando a pele que paga milhares em dermatologista. Fiquei ali, encostado na cabeceira, ofegante, me sentindo um rei e um lixo ao mesmo tempo. O vazio veio, como sempre. É o preço que se paga. Me levantei e fui pro banheiro. O cara no espelho era eu de novo. Arthur Moreau. O CEO. O tubarão. O gelo. Nada daquele momento de fraqueza transparecia. Só a evidência física, que seria lavada em segundos. Enquanto a água morna levava a p***a e o resto do meu momento de vergonha pelo ralo, eu me encarei no espelho. É isso. Esse é o jogo. É a minha pequena esquizofrenia controlada. Mas uma coisa tá ficando claro na minha cabeça, e eu não gosto nada do que isso significa. Só ver... já não tá sendo o suficiente. O desejo que essa mulher me causa é maior do que a tela do c*****o do meu notebook. E eu sou um cara que, quando quer alguma coisa, vai atrás. Com tudo. Seja uma empresa, um contrato, ou uma mulher. A "Mascarada" é o meu produto mais desejado no momento. E eu não sou o tipo de acionista que fica só olhando os relatórios. Eu adquiro. Não sei como, não sei quando. Mas eu vou descobrir quem diabos é a mulher por trás daquela máscara prateada. E quando eu descobrir... bem, aí o jogo de verdade vai começar. E nesse jogo, eu não costumo perder. ADICIONE NA BIBLIOTECA COMENTE VOTE NO BILHETE LUNAR INSTA: @crisfer_autora
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